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“De Paço a Museu” conta a história do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, ao pormenor e pela mão da diretora (c/som e fotos)

Foi apresentado na passada sexta-feira, dia 30 Junho, a obra Museu-Biblioteca da Casa de Bragança: de Paço a Museu da autoria de Maria de Jesus Monge, diretora do Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança e que constitui a coleção de Livros de Muitas Cousas.

A apresentação teve lugar na Biblioteca D. Manuel II no Paço Ducal, que teve sala cheia para a ocasião, que vem no decorrer de um dia preenchido de atividades por parte da Fundação.

A Rádio Campanário acompanhou o evento e falou com a diretora e autora da obra, Maria de Jesus Monge, que começou por explicar que resulta da “necessidade de perceber o que era a casa para onde tinha vindo trabalhar, há 21 anos”.

A diretora relembra “a grande exposição do mundo português” em 1940, que comemorava os centenários da Restauração da Independência (1640), a Fundação do Estado Novo (1140), bem como a celebração do Estado Novo, ao qual refere que “há vontade incluir o Paço Ducal e o Castelo nessas comemorações”.

“Como isso implicava grandes obras de recuperação”, devido “a várias décadas de necessidade e de manutenção que não tinha sido efetivada”, como refere, acrescenta que as obras de intervenção no Palácio “são muito posteriores a tudo isso”, o qual “não transparece na documentação da época”.

“Normalmente quando se faz investigação em História, temos que nos ficar pelos documentos”, tal caso que não se verificou com a criação desta obra, em que Maria de Jesus Monge teve o apoio de Manuel Ferrão, que havia começado a trabalhar muito novo com um familiar, nas obras de recuperação do Paço Ducal.

Segundo a diretora “era impossível chegar lá pelos papeis”, mencionando que Manuel Ferrão “era um homem com uma imensa curiosidade” e que “ajudou muitíssimo para eu conseguir recuperar muita informação relativa a esta casa”.

A RC falou com Alberto Ramalheira, Presidente do Conselho Administrativo da Fundação da Casa de Bragança, que começou por caraterizar esta obra como “um documento importantíssimo desta história do Palácio”.

Alberto Ramalheira relembra que a base da investigação desta obra, são documentos “colhidos nos arquivos da Casa de Bragança, num período muito interessante, que foi a reconstituição de todo o Palácio”.

Esta obra, pela mão da diretora do Museu, é “uma forma de reconstituir todo esse período” ao qual indica variados exemplos sobre as intervenções levadas a cabo no edifício, destacando António Luís Gomes, anterior presidente do Conselho administrativo da Fundação, sobre o qual indica que foi o ”gestor de toda este esforço que foi recuperar a beleza deste Palácio”.

O presidente refere ainda os diferentes registos que se pode encontra nos arquivos da Fundação da Casa de Bragança, desde as obras nos edifícios, ás compras de obras, seja enquanto ducado de Bragança ou Casa Real Portuguesa.

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