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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Declarações do Ministro da Defesa sobre Olivença não refletem a opinião do Governo, Afirma Deputado Luís Dias.

O deputado socialista Luís Dias,eleito pelo círculo de Évora, criticou as recentes declarações do Ministro da Defesa, Nuno Melo, que afirmou que a localidade de Olivença “é portuguesa”. Em entrevista à Rádio Campanário, Luís Dias considerou as afirmações infelizes e descontextualizadas, sublinhando que não representam a posição oficial do Governo português.

Segundo o deputado, “o Sr. Ministro da Defesa já nos habituou a estas deixas infelizes, que são fruto do seu pensamento, mas esquece que não estava a falar enquanto líder do CDS, mas sim enquanto Ministro da Defesa de Portugal. Não acredito, nem ninguém acredita, que esta seja a opinião do Governo português.”

Luís Dias salientou ainda que as declarações são erradas por vários motivos, destacando dois em particular. Em primeiro lugar, apontou o impacto negativo nas relações diplomáticas entre Portugal e Espanha, que têm sido fortalecidas ao longo dos anos: “Portugal e Espanha têm cimentado relações diplomáticas que têm trazido ganhos muito maiores do que qualquer questão sobre redefinição de fronteiras.” Em segundo lugar, afirmou que o comentário cria um conflito desnecessário com um aliado num momento em que o mundo já enfrenta outros desafios diplomáticos: “É uma declaração que visa provocar, de alguma forma, um aliado, o que não pode ser visto com bons olhos.”

O deputado também questionou o momento e o contexto em que as declarações foram feitas, durante o aniversário do Regimento de Cavalaria nº 3, em Extremadura. “A verdade é que não foi o momento nem a forma adequada para levantar esta questão, muito menos por um ministro em funções,” sublinhou.

Em resposta à pergunta sobre se as declarações do Ministro da Defesa poderiam ter algum fundamento, Luís Dias foi categórico ao afirmar que Olivença é, neste momento, uma “não questão”. “Olivença, por tratado, é portuguesa. É uma questão que não deveria ter sido levantada.”  concluiu.

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