O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, dia 11 de Abril, começou por comentar as recentes notícias que dão conta que o Governo não terá colocado a opção de nacionalização do Novo Banco em cima da mesa, dizendo que a confirmar-se essas afirmações “significa que o Governo nunca procurou concretizar a solução que melhor servia os interesses do povo”.
O Deputado fez referência á proposta apresentada pelo PCP, e refere que “todos os grupos parlamentares tiveram a oportunidade de se confrontar com ela, com todas as suas implicações e particularmente com todas as vantagens”, e sublinhou que “ninguém foi capaz de dizer que a solução de integração do Novo Banco no setor público bancário (…) tinha mais desvantagens que qualquer outra”.
A confirmar-se estas notícias, o Comentador da Rádio Campanário, considera “grave” a situação e indica que “isto tem que ver já não com uma a discussão na Assembleia da República, mas com uma opção do Governo excluir á partida aquela que era a solução melhor para defender o interesse nacional”.
Sobre as noticias que indicam lucro em cerca de 23 milhões de euros na venda de imóveis militares, João Oliveira começou por referir que “há imoveis que são das forças armadas, mas que são património cultural classificado”.
“Tudo o que significa modernização das infraestruturas, dos equipamentos das nossas forças armadas numa perspetiva de elas poderem cumprir de forma mais adequada a sua missão (…) eu julgo que é positivo”.
No entanto “em alguns casos já poderá ser mais duvidosa”, indicou o Comentador da RC, “porque em alguns casos o Estado está a desfazer-se de imoveis, que são imoveis com importância não só relativamente á localização mas às capacidades que têm e ás características têm” e relativamente a edifícios com Classificação Patrimonial, “ai então é que já é uma discordância absoluta da nossa parte”, afirmou o deputado.
A terminar este assunto, o Comunista refere ainda que “nós não podemos sujeita á logica do lucro e da exploração económica, tudo aquilo que existe na nossa sociedade”.
No final do seu comentário, o Comentador João Oliveira falou sobre as recentes notícias em torno do défice, que indicam que foi beneficiado por medidas temporárias, quando a isso o deputado começou por dizer, “essa informação não é verdadeira”.
Segundo o deputado tem que apurar o que é mais importante, se é “nós andarmos a preocuparmo-nos com nível do défice e a forma como os alcançamos ou é preocuparmos com as consequência das mediadas que estão utilizadas para obedecer a essas metas do défice”.
Colocar o défice “como primeira prioridade é um erro que só pode conduzir a nossa estagnação e ao nosso retrocesso”, disse por último o Comentador da RC.