A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Portel foi inaugurada na manhã desta quarta-feira, 31 de julho, numa cerimónia que contou com a presença da Ministra da Saúde, Marta Temido.
A RC esteve presente e falou com José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, que em declarações a esta estação emissora afirma que com esta unidade “deixará de haver no concelho de Portel, utentes sem médico de família porque eles assumirão os cuidados para toda a população”.
Neste sistema, “são os próprios profissionais que se organizam e que tentam dar uma resposta em função das necessidades da população”, deixando de “estar dependentes de uma decisão mais central” a nível da sua organização.
“Temos aqui tudo o que é possível para ter sucesso no desenvolvimento desta unidade”
José Robalo
Com a transferência desta responsabilidade, existe “um maior envolvimento por parte dos profissionais em todo o processo”.
Mais aponta o dirigente que “infelizmente não conseguimos fazer este processo em todos os concelhos, porque precisamos de equipes coesas que assumam essa responsabilidade”, sendo que “em certos centros de saúde não estão coesas”, uma vez que “há grande dificuldade de fixação de profissionais mesmo quando há incentivos à colocação”.
Constituída por 4 médicos, 5 enfermeiros e 6 secretários clínicos, esta nova Unidade de Saúde Familiar (USF) tem 5.947 utentes inscritos, distribuídos pelas freguesias de Portel, Alqueva, Amieira, Monte do Trigo, Oriola, Santana, São Bartolomeu do Outeiro e Vera Cruz.
A USF de Portel está integrada no ACES Alentejo Central, agrupamento que assegura à população da região uma cobertura de médicos de família na ordem dos 98%.
Com a criação desta Unidade de Saúde Familiar (USF), a Região de Saúde do Alentejo passa a ter 19 USF, 6 das quais Modelo B.
Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) estabelecem, idealmente, o primeiro ponto de contacto com os serviços que compõem o Serviço Nacional de Saúde, o que tem justificado uma atenção particular e prioritária, concretizada com a reorganização dos CSP. Tornando-se assim importante criar junto da população, serviços de proximidade de qualidade, que respondam às expectativas dos utentes, quanto à prontidão e eficácia de resposta às suas necessidades.
