A Agência Lusa revela esta manhã estudo sobre diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 detetou três novas variantes do vírus a circular na segunda vaga da pandemia de covid-19 em Portugal, avançou hoje à Lusa um investigador do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.
As três variantes mais frequentes, cada uma delas reconhecida por uma alteração diferente na proteína Spike (A222V, S477N ou S98F), foram detetadas em todas as regiões de Portugal continental, sugerindo que terão sido as principais corresponsáveis pela segunda vaga epidémica de SARS-CoV-2.
O coordenador do “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal” explicou que esta situação resulta de “um processo de adaptação do vírus ao ser humano”.
Relativamente às mutações observadas no país, o investigador afirmou que algumas “são bem interessantes”, mas não são exclusivas de Portugal, sublinhando que “uma das mutações caracteriza uma variante que apareceu em Espanha há alguns meses e que se disseminou pelo resto da Europa a uma velocidade espantosa”.
Segundo o relatório do estudo, hoje divulgado, foram analisadas, até à data, 2.234 sequências do genoma do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, obtidas de amostras colhidas em 68 laboratórios, hospitais, instituições, representando 199 concelhos de Portugal.