06 Jun. 2023
Augusta Serrano
Ecos da Planura
09:00-11:00

Marta Temido diz que “todos os meios que existem no país” estão a ser mobilizados, mas que há um limite. “Os portugueses precisam de saber disso”, afirmou.

A ministra da Saúde admitiu este domingo que todo o sistema de Saúde, incluindo Serviço Nacional de Saúde (SNS), setor social e privado e estruturas de retaguarda, está próximo do limite.

“Estamos a pôr todos os meios que existem no país a funcionar, mas há um limite e estamos muito próximos do limite. E os portugueses precisam de saber disso”, afirmou Marta Temido à saída de uma reunião no Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde referiu os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde, que revelam 10.385 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horas e um novo recorde no número de internamentos, para sublinhar a gravidade da situação epidemiológica no país. “É um sinal de elevada preocupação”, afirmou, reforçando que a saúde está “numa situação de extremo esforço”.

Há já cinco dias consecutivos que Portugal tem mais de dez mil casos diários. Só hoje há mais 236 internados em enfermaria e mais nove em cuidados intensivos, segundo o boletim da DGS.

A Câmara Municipal de Alandroal atualizou a situação epidemiológica até ao dia de hoje.

Segundo os dados da autarquia registaram-se nove novos casos ativos de COVID-19, contabilizando agora um total de 68 casos.

O concelho tem agora 177 casos positivos acumulados, dos quais 68 ativos, 108 recuperados e 01 óbito.

O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Ricardo Mexia, manifestou preocupação com o impacto que os mais de 600 óbitos diários podem ter nos serviços de saúde e funerários.

A Associação Nacional das Empresas Lutuosas (ANEL) fez um apelo para que sejam criadas condições que assegurem a preservação dos corpos com dignidade até à realização dos funerais, face ao pico de óbitos que está a deixar o sistema em rutura.

Questionado pela Lusa sobre esta situação, Ricardo Mexia afirmou estão “muito preocupados” porque há “uma pressão enorme sobre os serviços de saúde” e que de alguma forma é materializada por “um aumento muito importante da mortalidade”.

“Mais de 600 óbitos diários é algo que não nos pode deixar indiferente e infelizmente o cenário provável é a situação vir a agravar-se fruto desta manutenção do número de novos casos diários [de COVID-19] e também a mortalidade associada a outras doenças”, além do impacto das temperaturas muito baixas que também afeta a mortalidade.

Portanto, sublinhou, existe “um conjunto de fatores” que faz com que o país esteja a enfrentar “uma mortalidade anormalmente alta que, naturalmente, além de colocar sobre pressão os serviços de saúde, coloca toda a componente associada a isso” como a preservação dos corpos até ao funeral.

“A situação é complicada em diversos domínios e, portanto, também a indústria [funerária] está seguramente a sofrer os impactos deste enorme excesso de mortalidade”, frisou.

Para o especialista em saúde pública, esta situação gera apreensão, sendo necessário controlar rapidamente este excesso de mortalidade, mas para isso é necessário reforçar os recursos da vigilância epidemiológica.

As dificuldades para controlar o problema “são muito significativas”: “o número de profissionais envolvidos na vigilância para interromper as cadeias de transmissão estão absolutamente assoberbados e continuamos a acumular inquéritos epidemiológicos por fazer aos milhares”.

“E, portanto, estamos perante uma situação muito difícil, alertámos em tempo útil para a necessidade de reforçar estes meios e agora estamos confrontados precisamente com esta enorme escassez”, lamentou Ricardo Mexia.

Salientou ainda a importância de recrutar profissionais para esta tarefa: “nós gostávamos muito que se pudessem contratar médicos de saúde pública, mas sabemos que obviamente não existem no mercado, mas há outros profissionais que podem colaborar de uma forma muito proativa”.

Apontou os enfermeiros de saúde comunitária, os técnicos de saúde ambiental, “que estão fortemente envolvidos nestas tarefas”, mas ressalvou que neste momento não podem ser “muito exigentes com as características das pessoas que podem ajudar a reforçar estas capacidades”.

“Desde os médicos internos de outras áreas, os médicos que estão neste momento fora do sistema, outros profissionais, militares, estudantes das áreas de saúde, todos esses recursos poderiam ser úteis de facto a ajudar nesta resposta. É preciso é que cheguem às unidades”, defendeu.

Ricardo Mexia adiantou que houve alguns reforços, designadamente os militares, “mas tudo o resto foi manifestamente insuficiente para aquilo que é a procura neste momento”.

Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que a mortalidade em 60 concelhos portugueses foi durante o mês de dezembro 1,5 vezes superior à média dos últimos cinco anos para o mesmo período.

O Município de Vila Viçosa atualizou a situação epidemiológica do concelho com dados até de 15 de janeiro.

De acordo com os dados da Autoridade de Saúde, revelados pela autarquia, o concelho de Vila Viçosa registou 07 novos casos de COVID-19.

O concelho registou mais duas pessoas recuperadas do novo coronavírus, atingindo os 100 recuperados.

Atualmente o concelho contabiliza 302 casos confirmados de COVID-19, dos quais 194 ativos, 100 recuperados e 08 óbitos.

A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) atualizou este domingo, dia 17 de janeiro, a situação epidemiológica COVID-19 no distrito de Portalegre.

Segundo os dados divulgados, o distrito de Portalegre regista 1.051 casos ativos de COVID-19, mais 60 que no dia anterior.

A ULSNA adianta ainda que estão 42 pessoas internadas devido ao novo coronavírus. A ULSNA informa que já foram efetuados 44.876 testes até ao momento.

Registam-se 2.102 casos recuperados no distrito e contabilizam-se 100 óbitos provocados pela pandemia.

Apresentamos os dados por concelho, segundo a informação disponibilizada pela ULSNA:

CONCELHOS

CASOS CONFIRMADOS

CASOS ATIVOS

ÓBITOS

Alter do Chão

150

93

04

Arronches

49

12

0

Avis

92

20

03

Campo Maior

191

95

04

Castelo de Vide

94

31

0

Crato

206

64

04

Elvas

670

264

12

Fronteira

43

22

0

Gavião

149

33

0

Marvão

135

26

11

Monforte

70

17

0

Nisa

297

136

13

Ponte de Sor

227

99

03

Portalegre

822

119

37

Sousel

61

20

0

( Não são divulgados números inferiores a 3 casos por concelho)

Um surto de COVID-19 num lar da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide (SCMCV), no distrito de Portalegre, já infetou, pelo menos, 24 utentes e funcionários, disse à Lusa o provedor da instituição.

“Nós detetámos um funcionário com sintomas, fizemos logo testes e temos 20 utentes infetados e quatro funcionários”, disse o provedor da SCMCV, João Filomeno.

De acordo com o responsável, o Lar de Santo Amaro, em Castelo de Vide, conta com um universo de 35 utentes e “mais de 20 funcionários”.

João Filomeno explicou que os infetados estão confinados numa área isolada do lar, estando a maioria “assintomáticos”.

Em dezembro, um outro lar gerido pela SCMCV registou também um surto de COVID-19, tendo na altura infetado 25 utentes e 11 funcionários. O surto ficou “resolvido” no dia 31 de dezembro.

Face à atual situação de emergência devido à COVID-19 a Câmara Municipal de Évora está a reforçar o apoio aos cidadãos mais vulneráveis, nomeadamente aos idosos, aos sem-abrigo e aos utentes do Cartão Social do Munícipe.

No âmbito do Cartão Social do Munícipe foi alargado o prazo de 90 para 120 dias para entrega de despesas de saúde e é disponibilizado apoio na entrega de documentos. Haverá equipas no terreno que irão, com a devida identificação e proteção necessária, proceder à recolha de faturas e posterior pagamento atempado das comparticipações aos idosos.

Existe também o Cartão Évora Solidária que tem em vista atenuar as situações de pobreza e exclusão social causadas parcialmente pela diminuição dos rendimentos familiares dos munícipes, procurando por essa via complementar as medidas de política social atualmente existentes.

Sobre as medidas que o município está a tomar, o presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, em entrevista exclusiva à RC, refere que agora se estão a “alargar estes apoios”

“Não queremos apoiar apenas as famílias com pessoas acima dos 65 anos ou os desempregados, queremos apoiar todas as famílias onde haja carência e estamos a alargar o universo dos apoios que o município está a prestar. Esse vai ser um esforço significativo por parte da Câmara mas que consideramos essencial para minimizar os problemas do agravamento da crise social que já sentimos”, esclarece.

Questionado sobre as verbas para a execução destes apoios, o edil refere que foi criado um Fundo de Emergência Municipal, “no âmbito das opções do plano que já vinha de 2020”, e que este “tem neste momento uma disponibilidade de 500 mil euros diretos, mais 250 mil euros de apoios por parte das estruturas municipais e, se houver necessidade, pode ser ainda reforçado com mais 200 mil euros”.

No total é um apoio próximo “de um milhão de euros” para responder às necessidades dos eborenses.

No entanto, o município tem também “um conjunto de outras medidas de apoio às empresas”, como por exemplo, “ a isenção de taxas municipais não reguladas para as empresas ou a isenção da derrama para as pequenas empresas com negócios até 150 mil euros”.

Carlos Pinto de Sá afirma que se mantêm “para 2021 verbas para a área da cultura e outras áreas” que após se ultrapassar a pandemia possam vir a ser retomadas e “não queremos deixar de as fazer por falta de capacidade de financiamento”.

“O que queremos é salvaguardar a possibilidade de continuarmos a apoiar a área cultural que vamos apoiar neste momento também”, explica. Porém, a Câmara de Évora pretende não só continuar a apoiar a área da cultura como também “um conjunto de outras áreas que também já estamos a apoiar”, como é o caso “do desporto, com o apoio aos clubes desportivos, o apoio a associações juvenis, entre muitas outras”.

O alentejano Luís Trigacheiro venceu a 8ª edição do concurso “The Voice Portugal”.

Foi no passado dia 04 de janeiro que Luís Trigacheiro se sagrou vencedor do programa televisivo.

O prémio é um contrato discográfico com a editora UNIVERSAL MUSIC PORTUGAL SA.

Esta semana o alentejano publicou nas suas redes sociais uma imagem já na editora onde refere: “Está na hora de um novo capítulo”.

Luís Trigacheiro é estudante da licenciatura de Agronomia em Beja e no futuro gostava de conciliar a agricultura com a música. Começou a cantar em pequeno e foi desde aí que se apaixonou pelo Cante Alentejano.  

Na sua “Prova Cega”  deixou os quatro mentores emocionados com a sua interpretação de 'As Mondadeiras' e escolheu António Zambujo como mentor. Posteriormente foi salvo por Marisa Liz e semana após semana conquistou o público português que o sagrou vencedor da 8ª edição do “The Voice Portugal”.

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