A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) divulgou recentemente a lista de pesticidas que deverão ser monitorizados nas águas destinadas ao consumo humano durante o triénio de 2025 a 2027. Esta lista, elaborada em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, identifica os pesticidas que, devido às suas características de persistência e mobilidade, têm maior probabilidade de serem detetados nas massas de água superficiais e subterrâneas, que são utilizadas na produção de água potável.
A seleção dos pesticidas a monitorizar teve por base os dados de controlo fornecidos pelas Entidades Gestoras sobre a água tratada, assim como a monitorização das águas superficiais e subterrâneas realizada pela APA nos anos anteriores, conforme indicado pela nota de imprensa da DGAV.
Um dos destaques da lista é o herbicida glifosato, que, apesar de não cumprir todos os critérios estabelecidos para a seleção de pesticidas a monitorizar, foi incluído devido ao seu uso generalizado em áreas agrícolas, urbanas, de lazer e vias de comunicação. A pesquisa incluirá também o seu metabolito AMPA, tanto em águas superficiais como subterrâneas.
Além disso, o documento sublinha a importância de monitorizar outros pesticidas, como a trifloxistrobina e os seus metabolitos relevantes, CGA321113, NOA413161 e NOA413163, assim como o pesticida propamocarbe, devido ao risco acrescido que estes representam para a contaminação das águas.
No entanto, a DGAV ressalva que a análise de alguns desses pesticidas será diferida para um momento posterior, permitindo assim a implementação e validação progressiva dos métodos analíticos necessários.
Fonte: https://agriculturaemar.com/