O número de casos de Covid-19 que resultaram em internamentos em Portugal Continental revelou “uma tendência crescente, correspondendo a 72% (semana passada 56%) do valor crítico definido de 245 camas ocupadas”, de acordo com o relatório de monitorização das linhas vermelhas realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No que diz respeito à variante Delta, o relatório de monitorização das linhas vermelhas desta semana realça que já tem uma “frequência relativa de 88,6% dos casos avaliados na semana 26 (28 de junho a 4 de julho) em Portugal”.
Este relatório destaca ainda “uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade e tendência crescente, disseminada em todo o país e que afeta todas as idades, atualmente com maior impacto nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve”.
“No último mês, o aumento da atividade epidémica, associado ao predomínio crescente da variante Delta, tem condicionado um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos Cuidados Intensivos e nas regiões LVT e Algarve”, referem a DGS e o INSA.
Recorde que o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge revelou esta sexta-feira os dados relativos ao índice médio de transmissibilidade do vírus.
Segundo a informação avançada o valor médio do R(t) (número de reprodução efetivo) para os dias de 07-07-2021 a 11- 07-2021 foi de 1,12, podendo o seu verdadeiro valor estar entre 1,12 e 1,13 com uma confiança de 95%.
Foram ainda estimados os seguintes valores de R(t) para as regiões: 1,24 na região Norte, 1,13 na região Centro, 1,07 na região LVT, 1,13 na região Alentejo, 1,15 na região Algarve, 1,13 na região autónoma dos Açores e 1,20 na região autónoma da Madeira. Todas as regiões apresentam a média do índice de transmissibilidade (5 dias) superior a 1.
Portugal apresenta a taxa de notificação acumulada de 14 dias entre 240 e 479,9 por 100.000 habitantes e R(t) superior 1, ou seja, taxa de notificação muito elevada e com tendência crescente.