Na próxima quarta-feira, dia 1 de novembro, tem lugar na Universidade de Évora a habitual sessão solene que marca o início do ano letivo. A data, que representa um dos momentos mais relevantes do ano para a academia eborense, assinala a fundação da Universidade Jesuíta, em 1559.
De acordo com uma nota enviada à nossa redação pela Academia Alentejana, à semelhança de anos anteriores, têm lugar os tradicionais discursos da Reitora, do Presidente do Conselho Geral, do Presidente da Associação Académica e representante do Funcionário Não Docente, cabendo este ano ao Professor Doutor Armando Raimundo a Lição inaugural. No ano em que se assinala o cinquentenário da criação do Instituto Universitário de Évora que permitiu o ressurgimento da Universidade de Évora em meados dos anos setenta do século passado, cabe à Professor Doutora Teresa Pinto Correia, a apresentação do programa comemorativo.
Durante a sessão lugar ainda para a entrega de Distinções e a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutores. Após o encerramento da cerimónia, que termina com o Cortejo Académico, é tempo para a atuação de Grupos Académicos no Claustro do Colégio.
As comemorações prolongam-se durante o dia, com o lançamento pelas 15h de A Magazine, uma revista online e impressa sobre Arte, Cultura, Património, Lifestyle, Turismo e Design, numa sessão a decorrer no Centro do Mundo Octógono, Colégio do Espírito Santo, terminando o dia com um concerto pela Orquestra de Sopros da Escola de Artes da UÉ, no Auditório Christopher Bochmann, Colégio Mateus D`Aranda, pelas 16h30.
A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, Évora surgiu desde logo como a cidade mais indicada. Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização.
Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a lecionar todas as matérias, exceto Medicina, Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico.