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Dia Internacional do Enfermeiro: Gratidão a todos os que dão a sua vida pelos outros

Foto: LUSA/NACHO IZQUIERDO

Hoje, dia 12 de maio, celebra-se o Dia Internacional do Enfermeiro.

Para este dia a Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem desenvolveu a iniciativa “FNAEE de Mãos Dadas pela Enfermagem”. O objetivo é recolher mensagens de gratidão e apoio para os Enfermeiros de todo o País. Até dia 18 de maio, deixe a sua mensagem através do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScPwSg-MOUz6U24LLiir9YCNRAoexKtsrOtaIHDekzlreT4hw/viewform?fbzx=-4421254192686985917

A Ordem dos Enfermeiros conta a história de como nasceu este dia tão importante para os enfermeiros de todo o mundo:

“O Dia Internacional do Enfermeiro celebra-se a 12 de maio. Foi criado pelo Conselho Internacional dos Enfermeiros e a data escolhida remete para o aniversário de Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna.

Florence Nightingale nasceu a 12 de maio de 1820 em Florença. Filha de pais ingleses, foi criada em Inglaterra onde teve uma educação aprimorada. As visitas aos doentes que fazia com a sua mãe foram cruciais para que decidisse iniciar um trabalho mais regular junto de aldeões doentes. Esta experiência orientou-a para a enfermagem apesar da oposição da sua família. Inscreveu-se no curso de enfermagem das ordens católicas religiosas em Kaiserwerth, na Alemanha, tendo completado o curso em três meses.

Com as diversas viagens que fez pela Europa, observou as várias vertentes da Enfermagem e publicou estudos comparativos entre os diversos países sendo o seu principal desejo a fundação de uma escola de enfermagem com novas bases.

Com o despoletar da Guerra da Crimeia em 1853, foi-lhe endereçado o convite para se deslocar até Scurati, como superintendente de um grupo de enfermeiras voluntárias, para ajudar os ingleses feridos em batalha. Florence considerou este convite uma oportunidade única de dar a conhecer ao mundo o valor da “enfermagem profissional”. Quando chegou deparou-se com condições difíceis para o exercício das suas funções como a falta de camas, poucas condições sanitárias ou o tratamento incorrecto dos doentes. Com trabalho árduo e muita dedicação, Florence conseguiu transformar vários hospitais de campanha em refúgios para os soldados, com condições dignas para os doentes.

Criou cinco cozinhas dietéticas, uma lavandaria, salas de café, e salas de leitura proporcionando-lhes momentos de lazer. As enfermeiras efectuavam rondas nocturnas com uma lâmpada para observar o estado dos soldados. O inovador tratamento dos pacientes fizeram de Florence um “anjo de guarda dos soldados”, imortalizando-a como a “Dama da Lâmpada”. As alterações introduzidas por Florence levaram a uma baixa do índice de mortalidade, diminuindo de 42,2% para 2,2%. Quando as condições deste hospital se tornaram mais satisfatórias, Florence foi para a Crimeia organizar outros dois hospitais militares.

Regressou a Londres em Julho de 1856, quatro meses após a Declaração de Paz. A reputação obtida pelos seus actos heróicos mereceram a atenção da Rainha Victória de Inglaterra, que a condecorou com a Cruz Vermelha Real em 1883 e em 1907 tornou-se na primeira mulher a receber a Ordem de Mérito.

Mas foi a 9 de Julho de 1860 que Florence Nightingale concretizou o seu sonho dourado: fundar uma Escola de Enfermagem. De acordo a sua filosofia, esta nova escola assentou princípios inovadores que transformaram o mundo da enfermagem até aos dias de hoje. A direcção da escola passou a estar sobre a responsabilidade de uma enfermeira, o ensino tornou-se mais metódico através da prática e a selecção das candidatas passou a basear-se em critérios como o ponto de vista físico, moral, intelectual e aptidão profissional. Nightingale foi responsável pela introdução do ensino teórico e esquematizado da Enfermagem. O sistema de escolas de Florence difundiu-se rapidamente. De tal modo que no fim da Primeira Grande Guerra mais de mil escolas funcionavam com muitos livros de formação técnica e abundância de publicações profissionais.

Florence Nightingale teve uma contribuição importante para o redireccionamento da Enfermagem com base no conhecimento epidemiológico da época. Quando concebeu a acção da Enfermagem favoreceu o processo reparativo da doença mediante a utilização do ar puro, luz e calor, da limpeza, da higiene, do repouso e da dieta como um mínimo essencial das energias vitais do doente.

A comemoração deste dia é uma homenagem a todos os enfermeiros, relembrando e salientando a importância que têm na prestação de cuidados gerais e especializados à população.

Todos os anos é eleito um tema para esta celebração, sendo este ano alusivo aos “Enfermeiros: uma voz para liderar – alcançar os objectivos de um desenvolvimento sustentável”. Esta máxima refere-se a uma forma de desenvolvimento capaz de responder às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras. Propõe melhorar as condições de vida dos indivíduos, preservando simultaneamente o meio envolvente a curto, médio e, sobretudo, a longo prazo. Este tipo de desenvolvimento comporta um triplo objetivo, nomeadamente, um desenvolvimento economicamente eficaz, socialmente equitativo e ecologicamente sustentável. É um tipo de desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.

A Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica assinala este dia enaltecendo todos os Enfermeiros em geral e em particular todos os especialistas em saúde infantil e pediátrica, que todos os dias se esforçam e trabalham arduamente para proporcionarem cuidados de enfermagem com qualidade às crianças/ famílias, de forma a responderem com eficácia às suas necessidades de saúde”.

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