O dialeto barranquenho surge como língua de contacto entre o português e o espanhol, defende a catedrática María Victoria Sánchez-Élez, da Universidade Complutuense de Madrid.
Na sua obra “O Barranquenho. Língua. Cultura. Tradição”, a autora aponta este dialeto circunscrito à região baixo-alentejana do concelho de Barrancos, como uma língua de contacto entre os dois idiomas.
O livro resulta de anos de investigação, apresentando na uma análise sociolinguística que demonstra a relação entre fatores linguísticos e fatores sociais, nos falantes do barranquenho.
Este “trabalho pioneiro” foi iniciado na década de 20 do século XX por Lindley Cintra, tendo esta obra voltado a despertar o interesse de investigadores espanhóis, brasileiros, uruguaios e galegos no dialeto.
O livro contém um capítulo dedicado à literatura oral e tradicional, que inclui romances, contos, canções, música e anedotas, da cultura barranquenha.