O eurodeputado Carlos Zorrinho, no seu comentário semanal desta terça-feira, dia 27 de fevereiro, começou por comentar as notícias que apontam num entendimento entre PS e PS em matérias de descentralização e fundos comunitários, referindo que “é mais um diálogo construtivo ou troca de informação a quem compete tomar posições”.
Para o eurodeputado, para além de ser muito importante o diálogo entre os dois maiores Partidos é “muito importante que seja um diálogo alargado a todos os Partidos com comissão parlamentar”, bem como “aos parceiros sociais e sociedade civil”.
Questionado se o interior do país poderá ser tema de discussão, Carlos Zorrinho refere que os investimentos para o Alentejo “são boas notícias”, sublinhando que foi “algo que não tinha sido previsto no Governo anterior e que agora este Governo está a fazer um esforço enorme para, reprogramando, conseguir construir essas infraestruturas”.
No que diz respeito ao pós 2020 “é fundamental para montar a base competitiva do nosso país”, mencionando que o FMI (Fundo Monetário Internacional) “veio dizer que Portugal estava, neste momento, a crescer de forma estrutural e mas estava no limite do seu potencial de crescimento”, sustentando que se deve “aproveitar para disseminar mais pessoas para o interior, de forma a equilibrar o desenvolvimento e reduzir assimetrias”.
Sobre as irregularidades na contratação de médicos, noticiado pelos jornais, Carlos Zorrinho sublinha que “é para isso que existem as inspeções”, referindo que os processos de contratação são “longos”, e que “por uma razão ou outra podem não ter sido cumpridos”.
Para o eurodeputado “é normal que as inspeções identifiquem o que não está correto” para que seja corrigido, indicando que “muitas vezes a pressão para ter respostas” pode levar ao erro, afirmando que “questões da papelada não ter seguido a tramitação correta vai ser corrigida”.
Sobre o SIRESP, em que as recentes notícias referem que o Estado ainda não entrou no capital no operador de emergências, Carlos Zorrinho sublinha que “o problema não é se o Estado entrou ou não no capital do SIRESP”, mas sim se o operador “está ou não operacional”.
Para o comentador da RC as mudanças na estrutura de capital são “menos importantes”, excetuando se “o investimento depender dessa entrada”. Segundo Carlos Zorrinho, a participação do Estado no SIRESP “é para ter um controlo mais direto sobre o sistema”, acrescentou.