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Direção-Geral do Património Cultural propõe a Ministro da Cultura que declare Complexo Arqueológico dos Perdigões em Reguengos como Património Nacional

A Direção-Geral do Património Cultural deu a conhecer esta semana em Diário da Republica o projeto de decisão relativo à classificação como sítio de interesse nacional/monumento nacional (MN) do Complexo Arqueológico dos Perdigões, no Monte dos Perdigões, freguesia e concelho de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, e à fixação da respetiva ZEP.

No documento agora publicado pode ler-se que “com fundamento em parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura (SPAA – CNC) de 13 de dezembro de 2016, é intenção da Direção-Geral do Património Cultural propor a Sua Excelência o Ministro da Cultura a classificação como sítio de interesse nacional/monumento nacional (MN) do Complexo Arqueológico dos Perdigões, no Monte dos Perdigões, freguesia e concelho de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, bem como a fixação da respetiva zona especial de proteção (ZEP).”

Recordamos que em 1996, decidiu-se fazer uma lavra profunda para plantar uma vinha nova na Herdade dos Perdigões (nas imediações de Reguengos de Monsaraz), deparou-se com a descoberta involuntária de um complexo arqueológico que mais tarde descobrimos ter sido erigido entre os anos 3 500 a 2 000 a.C.

Com este importante projecto científico conhecemos, escavação após escavação, as actividades das pessoas que ali habitavam há 5.000 anos atrás, que utensílios utilizavam, como se organizavam, como lidavam com a morte, como construíam as suas casas, como se relacionavam com o desconhecido.

Constituído por fossos concêntricos escavados na rocha que culminam num centro geométrico, ocupando uma área total de 16 ha, o Complexo Arqueológico dos Perdigões revelou uma necrópole e um recinto cerimonial megalítico. Este importante sítio suscitou o interesse da comunidade científica internacional, tendo-se convertido numa referência para a investigação da pré-história europeia.

Na torre do Esporão pode ser visitado o museu que conta esta história e onde estão expostas mais de 200 peças de alto valor arqueológico.

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