Decorreu esta tarde, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo, a Apresentação dos Avisos do Programa Regional Alentejo 2030, por parte da CCDR Alentejo.
A Rádio Campanário esteve presente nesta apresentação e falou com António Ceia da Silva, Presidente da CCDR Alentejo a respeito do objetivo da sessão e do PRR.
António Ceia da Silva começou por referir que, em relação ao PRR, este é um “parto fácil e que não é necessário cesariana” e que “nos quadros anteriores, só tivemos o quadro seguinte, quando o anterior estava terminado, que não é o caso. Isso significa que nós só estaríamos a falar dos primeiros avisos do 2030 em 2024, não é o caso, estamos em 2023, há a apresentar já os novos avisos aos empresários na área da inovação produtiva, vamos apresentar agora os CTESPs aos politécnicos e à universidade e, portanto, diria que estamos nos timings, até diria, acelerados, tendo em conta que ainda temos que investir muito ainda no 2020”.
“Não começámos a falar muito cedo no 2030. Em primeiro lugar tinhas que começar a preparar a estratégia, tínhamos que ter estratégia, tínhamos que falar com as CIM’s sobre os pontos de ação, tínhamos que falar com as empresas como fizemos hoje e, portanto, nunca é cedo para dialogar com os agentes, e foi isso que nós prometemos, que não sairiam os avisos secos, sem antes abordarmos, como assistiram, houve muitas perguntas de empresas e associações empresariais, algumas foram esclarecidas, outras foram tomadas as devidas notas e foram tidas em conta para a abertura dos avisos”, acrescentou.
Questionado sobre se os avisos abririam até setembro, o presidente da CCDR esclareceu que “estes avisos não vão abrir em setembro, estes avisos demorarão no máximo 15 dias a abrir e só não abriram já porque está a haver problemas a nível nacional com as plataformas digitais, porque já existem regulamentos, formulários e as empresas poderiam já candidatar-se. Ficam já a saber as condições e assim que abrirem os avisos é só apresentarem as suas candidaturas. Estes serão os primeiros avisos, que são inovação produtiva para as empresas e CTESPs para o Ensino Superior, sendo, nesta primeira fase, um investimento total de 36 milhões de euros.
António Ceia da Silva foi ainda questionado sobre tudo estar encaminhado para que “tudo isto” fosse para Sines, o que é que estava encaminhado para ir para Sines e o que é que a CCDR Alentejo conseguiu desfragmentar, ao qual o órgão máximo da CCDR Alentejo esclareceu que havia sido uma resposta a um empresário que disse que o Fundo de Transição Justa “devia ser para todo o território e não apenas para o litoral alentejano e, aquilo que eu expliquei é que há três Fundos de Transição Justa em Portugal, um só em Matosinhos, outro só no Pego e que, aquilo que nós conseguimos, que foi determinado pela Comissão Europeia, é que o Fundo de Transição Justa no Alentejo não seja exclusivamente para Sines, embora grande parte do fundo será para Sines, mas que uma empresa de turismo ou agroalimentar em Odemira, se possa candidatar, ou seja, conseguimos que fosse uma parte do território, que foi uma grande vitória”.