O combate aos incêndios no distrito de Portalegre conta, este ano, com menos equipas e elementos em relação a 2021, mas mantém o mesmo número de meios aéreos, revelou hoje o comandante distrital de Operações de Socorro.
Na fase mais ‘musculada’ de combate aos incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro, o distrito de Portalegre vai contar com quatro meios aéreos, 101 equipas e 395 elementos, quando, em 2021, contava com o mesmo número de meios aéreos, 111 equipas e 441 elementos.
“O dispositivo, no seu todo, está menos ‘musculado’ do que em anos anteriores, essencialmente por força do número de elementos nos corpos de bombeiros, que é menor”, tal como “a sua disponibilidade”, disse Rui Conchinha, responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre.
O responsável falava no decorrer de uma reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil, em Portalegre, aberta aos jornalistas e na qual foi apresentado o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) no distrito.
Segundo o comandante, apesar da redução do número de equipas e de elementos, os dispositivos têm hoje “um cariz diferente, são mais elásticos”, para fazer face aos problemas que possam surgir.
O responsável assumiu que, ainda assim, “há uma perspetiva de reforço” de elementos e equipas na “fase mais crítica” do combate às chamas.
No que respeita aos meios aéreos, o distrito de Portalegre vai contar, na fase mais crítica de combate a incêndios, com um helicóptero de ataque inicial, dois aviões anfíbios e um avião de reconhecimento e coordenação.
De acordo com Rui Conchinha, nessa altura, vão estar no terreno 165 bombeiros, divididos por 36 equipas, cinco elementos da Força Especial de Proteção Civil (PEPC) e 33 operacionais da GNR – Unidade de Emergência de Proteção e Socorro, divididos por seis equipas.
O dispositivo conta ainda, nesta fase, com 21 equipas, com 42 elementos da GNR – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e posto de vigia, e cinco equipas da PSP compostas por 10 operacionais.
O DECIR engloba ainda 126 operacionais, distribuídos por 26 equipas, incluindo sapadores florestais, elementos do corpo nacional de agentes florestais, equipas municipais de intervenção florestal e brigadas da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) e da Associação dos Produtores Florestais da Região Ponte de Sor.
Ainda no mesmo período, o DECIR no distrito de Portalegre vai contar com oito vigilantes da natureza divididos por quatro equipas e outras duas equipas com seis operacionais da AFOCELCA – Agrupamento Complementar de Empresas de Proteção Contra Incêndios.
Os meios de combate aos incêndios rurais em Portugal foi reforçado no domingo, passando a estar no terreno 9.630 operacionais e 2.165 viaturas e 37 meios aéreos.
A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o DECIR para este ano, indica que, entre 15 e 31 de maio, o reforço de meios se situa no “nível II”, o primeiro aumento adicional do ano.
Entre os meios, a DON prevê, para este período, cerca de 4.323 elementos pertencentes aos bombeiros voluntários, 230 operacionais da Força Especial de Proteção Civil, 2.064 militares da GNR e os mais de 2.300 elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente sapadores florestais e sapadores bombeiros florestais.
C/Lusa