Évora é o distrito com menos crianças e jovens em situação de acolhimento, a nível nacional, segundo o Relatório da Caraterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens Casa 2016, recentemente disponibilizado pela Segurança Social.
Fazendo uma caraterização anual da situação de acolhimento familiar e residencial de crianças e jovens, dos 0 aos 20 anos, em Portugal, o relatório aponta para uma redução no número nacional de casos, contudo, na região Alentejo a tendência foi diferente.
Nos distritos do Alto e Baixo Alentejo, segundo o referido relatório, foram contabilizadas 459 crianças e jovens em situação de acolhimento, mais 16 que nos dados divulgados no Relatório Casa 2015. A maior discrepância foi registada em Beja, que tem atualmente 168 situações de acolhimento, tendo registado 154 no ano anterior.
O Relatório Casa 2016 registou, no distrito de Évora, 124 crianças e jovens em situação de acolhimento, 167 no distrito de Portalegre e 168 no distrito de Beja.
Relativamente ao número de crianças e jovens que saíram da situação de acolhimento pelas entidades, houve um aumento, sendo que em 2015 tinham sido registadas 126 situações de cessação do acolhimento, e em 2016 foram registadas 134. Segundo o relatório anual, o distrito de Portalegre registou, no ano de 2016, 30 crianças e jovens que cessaram a situação de acolhimento, enquanto em 2015 tinham sido apenas 23. No distrito de Évora, foram 35 as crianças e jovens que em 2016 cessaram o acolhimento, enquanto tinham sido registadas 31 no período homólogo. Beja, por seu lado, foi o único distrito a registar uma descida no número de crianças ou jovens a abandonarem a situação de acolhimento, tendo registado 72 em 2015, e 69 em 2016, segundo dados do relatório.
A nível nacional, Évora surge como o distrito com menos situações registadas (124), em segundo lugar encontra-se Viana do Castelo com 164, em terceiro lugar Portalegre com 167, e depois surgem os distritos de Beja e Castelo Branco, com 168 situações cada, registadas em 2016.
Segundo o Relatório Casa 2016, em Portugal, existiam 10.688 casos de acolhimento familiar e residencial, tendo havido um decréscimo geral do número de crianças acolhidas, apesar de ser acompanhado por um aumento do número de novas entradas e uma redução do número de saídas.