A Câmara Municipal de Alandroal vê a sua situação financeira “tornar-se mais complexa”, dado que sofre retenções e simultaneamente reduções nas transferências do Estado, a sua principal fonte e quase única receita.
Desta forma com o início do corrente mês de fevereiro, a autarquia passará a receber 397 mil euros, menos 42 mil em relação ao mês anterior, diminuindo assim as suas receitas de forma considerada “drástica”, como assevera a presidente do município, Mariana Chilra, em declarações à Rádio Campanário, explicando que “reduções e retenções são coisas diferentes, mas têm por base o mesmo valor para a redução, as verbas que a câmara dispõe para fazer face à sua gestão normal, que fica apenas com disponibilidade financeira no valor de 96 mil euros mensais, o que é difícil”.
A autarca, Mariana Chilra, salienta que as retenções sofridas, dizem respeito ao excesso de endividamento do ano de 2010, que o Estado retém ao município para o pagamento de dívidas, que pensamos ir direto às Águas do Centro Alentejo, à qual a divida ascende a 3 milhões de euros, a redução é diferente, está prevista na lei, e está relacionado com o incumprimento dos anos de 2011 e 2012, ou seja a autarquia não cumpriu com os pagamentos em atraso”.
“Sem plano estratégico, sem Plano de Reequilíbrio Financeiro e com o Fundo de Reequilibrio Financeiro que só deve estar definido no final de 2014”, Mariana Chilra afirma “Alandroal pode ter uma situação dramática”.
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A situação financeira da Câmara Municipal de Alandroal explanada pela edil que reflete dificuldades diárias de gestão, que o executivo garante continuar a ter como objetivo colocar o município num caminho de estabilidade financeira.