Ricardo Laginha, natural de Vale das Éguas (Santiago do Cacém), é um acordeonista que anima bailes de norte a sul do país e que leva sempre consigo o Alentejo no coração. A história do jovem músico, que se viu obrigado a imigrar, foi ontem contada na primeira pessoa, na TVI, a Manuel Luís Goucha.
Filho de pais agricultores, muito ligados às raízes alentejanas e, sobretudo de Vale de Éguas, Laginha explicou que o gosto pela música começou justamente em casa. O pai ajudou a edificar a sede da Associação de Cultura e Recreio dos Moradores de Vale das Éguas, através da doação de um terreno, e por esta Associação passaram inúmeros acordeonistas e conjuntos de baile. Quando era criança, Laginha recordou que chegou a dormir inclusivamente debaixo do palco.
E porque ‘filho de peixes sabe nadar’, Laginha, que ainda pensou em desistir, investiu na música, tornando-se atualmente um dos nomes mais queridos do público português e estrangeiro. O primeiro baile foi feito em duo, com a sua amiga Vera, numa festa de passagem de ano há 20 anos.
Antes de ‘agarrar’ no acordeão a cem por cento exerceu funções num call center e no setor privado, na área da saúde, área que não o realizava profissionalmente. Desde 2018 que o artista alentejano fazia da música a sua única fonte de rendimento, no entanto, a Pandemia trocou-lhe as voltas e viu-se obrigado a imigrar para a Suíça onde, atualmente, concilia a vida de músico com a de motorista.
Ricardo Laginha tem uma série de fãs que o acompanham para os diferentes bailes onde toca e canta e o segredo, segundo o próprio, talvez se deva à “simplicidade“.
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