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Docente Ana Luísa Vilela homenageada na Universidade de Évora

Ana Luísa Vilela, Docente da Universidade de Évora, foi recentemente homenageada na Academia Alentejana.

A Jornada científica “As figuras femininas na literatura portuguesa dos séculos XIX e XX”, em homenagem a Ana Luísa Vilela, professora do Departamento de Linguística e Literaturas da Universidade de Évora, realizou-se no passado dia 18 de abril e contou com a presença , na sessão de abertura, de Ana Paula Canavarro, Vice-Reitora para a Educação e Inovação Pedagógica da Universidade de Évora, Armando Martins, Diretor do Departamento de Linguística e Literaturas, Ana Clara Birrento, Adjunta do Centro de Estudos em Letras e Fabio Mario da Silva, Membro Representante da Comissão Organizadora da Jornada.

Todos os presentes foram unânimes em manifestar reconhecimento “pessoal e académico” a Ana Luísa Vilela, que tem dedicado grande parte da sua atividade ao estudo da obra de Eça e ao erotismo na Literatura, sendo autora de vários ensaios queirosianos, publicados em dicionários e revistas literárias.

Em nota divulgada pela Universidade de Évora, a Academia refere que nestas jornadas Maria Lúcia Dal Farra, professora na Universidade Federal de Sergipe, Brasil, que apresentou na Jornada a comunicação intitulada “A sintaxe corporal de Eça, via Ana Luísa Vilela” enalteceu o percurso académico de Ana Luísa Vilela, por quem nutre “estima e ternura”, exaltando que Ana Luísa Vilela, apresenta “uma escrita elegante e fluida com uma dose de humor, aliás um delicioso humor”. Igualmente presente na sessão, Carlos Reis, professor emérito da Universidade de Coimbra, especialista em Estudos Narrativos e em Literatura Portuguesa dos séculos XIX e XX, sobretudo no domínio dos Estudos Queirosianos, frisou o seu “apreço pessoal e intelectual” pela professora da Universidade de Évora, felicitando a iniciativa “(…) sejamos capazes de celebrar pessoas que são exemplares, que dão o exemplo aos professores mais jovens e aos estudantes…”ler, estudar, investigar, ser cientificamente honestos e produzir trabalho” tal como a consultora científica da edição das Obras Completas de Florbela Espanca tem realizado.

Já a homenageada Ana Luísa Vilela mostrou-se satisfeita, “é uma generosidade enorme dos meus colegas, dos meus alunos, dos meus amigos e familiares a quem quero agradecer” reagiu, considerando  na poesia o nome de Sophia de Mello Breyner Andresen e na narrativa “a força brutal” de Agustina Bessa-Luís, os nomes de figuras femininas que a marcaram como autoras do século XX, acrescentando os nomes das escritoras Teolinda Gersão e de Lídia Jorge como escritoras a destacar.  

A encerrar a sessão, Ana Luísa Vilela, aborda a questão do feminino, e questionada sobre o que lhe ensinaram as personagens femininas do Eça a sua resposta foi perentória em afirmar: “aprendi coisas éticas, históricas e sociológicas…as personagens femininas do Eça ensinaram-me que precisamos de ser independentes, de que o valor do trabalho das mulheres é muito importante para sermos cidadãs de pleno direito, para sermos realmente importantes para nós próprias, para nos merecermos e nos cumprirmos como indivíduos”.

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