Profissionais de saúde e doentes internados nos hospitais de Portalegre e Elvas voltam a receber pequenos bolo-rei na noite da Consoada, uma iniciativa de uma padaria, que há três anos tenta assim levar o Natal àquelas pessoas.
Os 180 bolo-rei estão devidamente adaptados a cada circunstância do doente, foram confecionadas pela empresa Forn´Alentejano, de Portalegre, sendo esta iniciativa desenvolvida há três anos pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA).
“Discutimos com as dietistas da ULSNA a forma que poderíamos alterar a receita tradicional do bolo-rei para podermos evitar os açucares e foi o que fizemos, da massa tradicional do bolo-rei tirámos as frutas cristalizadas, que é a parte mais açucarada do bolo-rei, e usamos fruta fresca”, explicou aos jornalistas Ricardo Lourenço, da empresa Forn´Alentejano.
Para o empresário, esta é uma forma de os doentes passarem esta época festiva com “um bocadinho mais de carinho”, sendo também uma forma de “não se sentirem sozinhos” nesta altura do ano.
“É com muito gosto que ajudamos as pessoas que estão no hospital para que tenham um Natal com um bocadinho mais de carinho, é uma forma de não se sentirem sozinhas”, disse.
Em cada uma das caixas que armazenam os bolo-rei está inscrita a mensagem de que “O Natal é Rei que nasce da amabilidade de quem faz acontecer”.
No decorrer da apresentação desta iniciativa, o presidente do conselho de administração da ULSNA, Joaquim Araújo, explicou que “não será” a pandemia de covid-19 que vai “travar” anualmente esta iniciativa solidária.
“Não será a pandemia a impedir que nós possamos ter esta manifestação de afeto, independentemente dos cuidados que devemos ter neste contexto”, disse.
Para o presidente do conselho de administração da ULSNA, este tipo de gestos “calam muito fundo” quem está internado numa unidade hospitalar neste período festivo, considerando que, em cada “caixinha” de bolo-rei que será entregue, vai uma mensagem de “esperança” para o futuro.
“Não é fácil viver num contexto de ter necessidade dos serviços hospitalares, mas, acima de tudo, é um gesto, um medicamento para as pessoas que permite este alento e ter esperança no futuro”, acrescentou.
C/Lusa