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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Dos 90 mil hectares a regar no Alqueva, 57 mil são de olival, não faria sentido continuar a apoiar esse tipo de investimento aqui”, diz Ministro da Agricultura (c/som)

Associações de agricultores do Baixo Alentejo têm vindo a demonstrar o seu descontentamento face à decisão do Ministério da Agricultura de cortar os apoios à instalação de olival no perímetro de rega do Alqueva e condicionar a plantação de novas áreas.

A RC falou com Luís Capoulas Santos, Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que explica que no perímetro de Alqueva, em “90 mil hectares a regar (dos 120 mil instalados), 57 mil hectares são de olival”, valor que o Governo considera “manifestamente excessivo”.

“Não queremos um perímetro de rega entregue a uma única cultura”, declara, pelo que “o governo não financiará mais instalações de olivais no perímetro de rega de Alqueva” até ao final do presente quadro comunitário que termina a 31 de dezembro de 2020, continuando “a financiar em todo o país”.

“Não está retirado apoio ao olival, o olival é muito importante”
Luís Capoulas Santos

 

O governante realça ainda assim que, se os produtores quiserem instalar olival no perímetro de Alqueva “com os seus próprios recursos financeiros, fá-lo-ão, o Estado é que entende que não deve financiar” mais até à data referida.

O ministro da Agricultura relembra aos microfones da RC que existe um projeto para aumentar o perímetro do Alqueva em mais 50 mil hectares, sendo que “à medida que os novos perímetros vão avançando, naturalmente que até um limite aceitável”, o Governo continuará “a aceitar plantação de olival”.

Questionado sobre outras plantações em que o Governo apostará, remete para os agricultores privados que são “quem decide o que faz na sua exploração”. “O Estado apenas, quando acha que há um manifesto exagero face à área disponível, disciplina”, conclui.

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