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Doses de vacinas contra a covid-19 administradas para não irem para o lixo

Uma sexta dose não validada pela tutela mas, sim pelo Infarmed, foi administrada a pessoas não relacionadas com a área da saúde para não ir para o lixo.

“O nosso foco era o desperdício zero. Tive conhecimento que o diretor da farmácia de um grande hospital que destruiu 600 frascos de vacinas”, declarou ontem em tribunal a presidente da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), para justificar a administração de 1.592 doses de vacinas contra o Covid-19 a pessoas sem funções relacionadas com a prestação direta de cuidados de saúde.

A presidente do da ULSBA justificou ainda que “na semana mais complicada da pandemia recebemos mais de cinco mil doses de vacinas. Ao contrário do inicial os frescos traziam seis doses em vez de cinco”, apontando asim como uma das razões para a existência de sobras.

Iria Velez , uma das arguídas do processo, justificou que nenhum doente “deixou de ser vacinado no decurso de todo o processo. Não houve prejuízo de quem tinha que ser vacinado em prol de quem foi vacinado”

No total, são seis os arguidos da administração da ULSBA que estão acusados de fraudes no processo de vacinação contra a covid-19, e vão agora responder por um crime de abuso de poder, por se terem incluídos nas listas de vacinação e pela vacinação de vários funcionários dos serviços administrativos da instituição. O julgamento prossegue na próxima sexta-feira, com a adição de testemunhas.

 

Fonte: Lidador Notícias

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