Como a Rádio Campanário já havia noticiado, o presidente da Letónia esteve ontem de manhã em Évora, para a assinatura de um memorando entre Portugal e a Letónia. Uma das figuras presentes nesta visita foi José Manuel Santos, candidato à presidência da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com José Manuel Santos, à margem da assinatura do documento, sobre a sua opinião quanto à situação do Aeroporto de Beja e sobre as possibilidades de servir o turismo.
José Manuel Santos começou por referir que “não há destino turístico ou região turística do mundo que não goste de ter um aeroporto a servir diretamente a esse destino turístico, claro que Évora e o Alentejo são servidos por aeroportos . Aeroporto de faro e de Lisboa, sendo que obviamente isso aplica se aos turistas estrangeiros, turistas internacionais , mas a partir do momento em que há um aeroporto na região , obviamente que fiquei muito satisfeito pela comissão técnica e independente ter também selecionado Beja como alternativa de localização.”
“O aeroporto de Beja tem vantagens e tem desvantagens mas cabe ao território, cabe aos poderes públicos mas, cabe também à sociedade civil que tem feito um papel muito interessante na minha opinião. O aeroporto de Beja tem muita simpatia até fora do Alentejo e plataformas de cidadãos . O aeroporto de Beja tem algumas limitações que são conhecidas, têm a ver essencialmente com a questão da das acessibilidades e esse problema não está totalmente resolvido por aquilo que são os problemas de financiamento que já estão estabilizados, mas é óbvio que no futuro, aquele aeroporto terá sempre que contar para o plano de médio e longo prazo do desenvolvimento do turismo do Alentejo, é um ativo que está presente, é uma infraestrutura que está construída e temos que ter em consideração, vamos aguardar serenamente pelo trabalho da comissão técnica e pela decisão final do Governo”, acrescentou.
O candidato à ERT Alentejo e Ribatejo foi questionado sobre a questão que muitos consideram que o Aeroporto de Beja não tem condições para ser um aeroporto principal, devido às suas associabilidades mas, será sempre um aeroporto que vai carecer de uma remodelação e de um novo aproveitamento, este comentou que “independentemente da questão que se está a colocar hoje, do novo aeroporto de Lisboa ou do aeroporto complementar de Lisboa, o aeroporto de Beja, por exemplo, o número de viagens executivas, desembarques executivos no aeroporto de Beja, tem aumentado muito nos últimos anos, o que significa que aquela infraestrutura funciona e é procurada. Eu penso que no futuro tenhamos que desenvolver uma estratégia de marketing para a atração de companhias aéreas. Penso que trazia anos depois, estando o turismo do Alentejo num processo de desenvolvimento mais acelerado, se calhar faz sentido olhar novamente para aquilo que é o marketing daquele aeroporto. Não podemos desistir do aeroporto de Beja, veja-se o extraordinário exemplo que foi o desenvolvimento turístico no Porto e no norte do país com o Aeroporto Sá Carneiro. É muito importante que um destino turístico, no seu planeamento de médio prazo possa ter nesse planeamento e nessa estratégia, poder contar com um aeroporto que, não sendo só o aeroporto do Alentejo, é um aeroporto que será complementar a Lisboa, sirva também os interesses específicos do turismo do Alentejo”.