Tal como a Rádio campanário noticiou, foi ontem anunciado pelo Primeiro Ministro de Portugal, Luís Montenegro, a localização escolhida para o novo Aeroporto.
A decisão de Alcochete foi acolhida com satisfação pelo setor hoteleiro que alerta contudo para os inevitáveis constrangimentos que existirão até que esta solução se efetive, o que está previsto apenas para 2034.
Raul Martins, dono do grupo Altis, um dos maiores no setor da Hotelaria, e Presidente do Conselho geral da Associação de Hotelaria de Portugal, em declarações ao Expresso, a este propósito defende que até o novo Aeroporto estar pronto, Lisboa precisa de um aeroporto provisório considerando que a solução deve passar pela criação de um aeroporto provisório em complemento da operação na Portela.
Em seu entender, Beja seria a melhor solução para o “aeroporto provisório” uma vez que, a considerar também a opção de Montijo, esta última opção obrigaria a maiores investimentos em obras.
Raúl Martins sublinha que o aeroporto situado na Capital do Baixo Alentejo poderia funcionar em complemento ao atual Aeroporto da Portela, nomeadamente como hub para voos intercontinentais, equacionando a colocação de uma taxa aeroportuária inferior à de Lisboa, para tornar a situação comercialmente interessante.
O Presidente do Conselho geral da Associação de Hotelaria de Portugal não tem dúvidas que até chegar o novo Aeroporto a hotelaria de Lisboa vai ficar numa situação difícil tendo em conta o aumento na procura de turistas, sendo por isso necessário medidas alternativas até que o novo Aeroporto se concretize.
Recorde-se que o Governo aprovou esta terça-feira, em conselho de Ministros, a decisão de localização sobre o novo aeroporto de Lisboa – que se chamará Aeroporto Luís de Camões e que estava por definir há mais de 50 anos – seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente, optando pela escolha de Alcochete.
O Novo Aeroporto de Lisboa, a construir no Campo de Tiro de Alcochete,explica o governo em nota enviada á nossa redação, permite uma solução com natureza expansível, de forma a acomodar a procura a longo prazo a 2050 e pós 2050 – modelo de base assente em duas pistas, com 90-95 movimentos/hora, com capacidade de expansão até
quatro pistas.