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“É possível fazer ciência usando literatura” diz Mário Silva, comunicador do Centro de Ciência Viva de Estremoz

A Rádio Campanário, hoje, dia 29 de fevereiro, marcou presença na atividade que se realiza todos os meses no Centro de Ciência Viva de Estremoz, “Contos, Lendas e outras Lengalengas” onde Mário Silva comunicador de Ciência do centro prestou declarações aos microfones da RC.

Mário Silva começou por explicar o conceito desta iniciativa que é promovida todos os meses em Estremoz, dizendo que, a ciência é vista como algo isolado ao contrário da literatura que muitas vezes é associada à ficção. Nestas atividades, existe uma transposição de contos literários portugueses para a ciência e como Mário Silva nos conta, “é possível fazer ciência usando literatura e é possível na literatura ir buscar conhecimento à Ciência”.

A atividade que ocorreu nesta tarde consistiu em utilizar material que, como Mário Silva nos revelou, “pode ser encontrado facilmente numa drogaria”, referindo-se a glicerina, esta que foi utilizada para recriar um sabonete. Como o comunicador do centro refere, com esta iniciativa os mais novos percebem como é fácil fazer algo que todos têm em casa.

O conto que foi associado à atividade científica de recriar um sabonete, foi “A vida de um sabonete” de António Torrado, retirado do livro “30 por uma linha” e a leitura deste conto foi realizada por uma das crianças participantes na atividade.

Esta é uma atividade gratuita, onde as crianças são acompanhadas pela família ou por outros adultos responsáveis e como o comunicador do centro nos revela, “os adultos muitas vezes também aprendem”, frisando a necessidade que existe de se estar sempre a adquirir novos conhecimentos ao longo do tempo.

Mário Silva diz ainda que esta é uma atividade que agrada bastante aos adultos, pois este é um espaço onde se pode aprender “ciência de uma forma mais divertida” e a leitura é de certa forma também incentivada, pois é uma componente da atividade.

Na sua opinião, a ciência muitas vezes é vista como algo complicado e a literatura como algo aborrecido, desta forma, esta atividade surge como incentivo e como forma de introdução a um tipo de literatura mais evoluída. Mário Silva acredita que o facto de existir uma experiência associada e as crianças gostarem dela, a literatura torna-se mais cativante pois fica associada a um momento divertido, sendo que, a partir desta atividade podem desenvolver uma literatura mais adulta.

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