O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 22 de janeiro, abordou a problemática dos CTT com o recorrente encerrar de balcões, a situação crítica de diversas pedreiras sem licenciamento e em risco e ainda as recentes declarações de Rui Rio sobre o fim do acordo com o PS.
Para Carlos Zorrinho “o que está a acontecer com os CTT é absolutamente inaceitável, quando se faz uma concessão o concessionário paga mais ao estado e tem menos responsabilidades, portanto o que o governo anterior fez foi absolutamente irresponsável, ou seja, para receber mais dinheiro reduziu a força para impedir aquilo que está a acontecer (…) que é a destruição de algo fundamental no serviço público”. O eurodeputado refere ainda que “a concessão foi muito mal feita, em 2020 já terá de ser renegociada, certamente que existirá uma discussão (…) no entanto penso ser prematuro antecipar que a concessão termine ou que a mesma seja muito mais musculada, mesmo que o concessionário pague menos ao estado vai ter de fazer muito mais serviço público.” “A concessão vai ter de ser renegociada, se não existir ninguém capaz de o fazer nessas condições o serviço terá de voltar para o estado”.
Relativamente ás pedreiras em situação crítica (noticiadas pelo expresso), Carlos Zorrinho diz “infelizmente o casa arrombada, trancas à porta é uma cultura que nos marca enquanto povo. Eu recordo-me que quando caiu a ponte Hintze Ribeiro, a seguir conclui-se que haviam uma série de outras pontes com problemas estruturais que foram corrigidos. Agora é o que vai acontecer outra vez, ou seja, agora vai-se corrigir as estradas (…) infelizmente já causaram grandes danos, agora é preciso identificar o responsável, o como e o porquê e avançar para a resolução dos problemas”. O eurodeputado deixa ainda um apelo “é preciso que as pessoas se organizem, que façam pressão e civicamente digam «queremos esta estrada, queremos esta ponte, queremos este equipamento que está em perigo, queremos isto resolvido»” “já que estas situações acontecerem, temos de as aproveitar para tornar mais ágil e menos burocráticos todos esses processos de licenciamento e verificação”.
Sobre as mais recentes declarações de Rui Rio, sobre o final dos acordos entre o PSD e o Governo de António Costa, Carlos Zorrinho considera que “é muito prematuro fazer cenários para depois das legislativas, até lá acho que é perfeitamente normal que não se façam mais acordos. Espero que venha a existir um bom debate, um debate frontal e sério entre as diversas forças políticas”.