No passado dia 17 e 18 de julho, decorreram as eleições para a presidência das Federações Distritais do Partido Socialista (PS) de todo o país. Luís Dias, presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, foi eleito o novo presidente da Federação Distrital de Évora do PS, sendo o único candidato a sufrágio. Luís Dias sucede a Norberto Patinho, que esteve dois mandatos à frente dos destinos da Federação eborense e que cessa funções no Congresso Federativo, marcado para setembro, em Estremoz.
Em entrevista à Rádio Campanário, o novo presidente do PS distrital de Évora apresentou as principais bandeiras para o seu mandato: “Em primeiro lugar, as concretizações que já estão em curso na região, nomeadamente no distrito de Évora com a construção do novo Hospital Central do Alentejo, que é um processo que estamos desde a primeira hora a acompanhar para que seja uma realidade, ao longo deste mandato ao serviço dos eborenses e dos alentejanos, porque é de facto um upgrade muito importante na área da saúde e que se deve ao trabalho de muitos autarcas e de muitos socialistas, que ao longo dos últimos anos têm feito a pressão necessária para que ele seja uma realidade”.
Luís Dias sublinhou que “temos na agenda a questão da CCDR do Alentejo e do processo de eleição para os órgãos, que acontecerá em princípio no mês de setembro”.
Por último, o socialista crê que o “grande desafio” serão as eleições autárquicas em 2021, destacando que “o PS tem no distrito de Évora um conjunto de Câmaras Municipais e de autarcas, dos quais se orgulha muito e que têm feito um trabalho extraordinário e, arrisco a dizer, se distinguem dos restantes autarcas, pela capacidade que têm em resolver problemas e o que queremos é, claramente, resolver as situações, mais do que dizer que é competência do Governo ou de outras entidades, e aí temos feito um trabalho fenomenal. Nesse sentido as eleições autárquicas vão ser uma prova também da capacidade do Partido Socialista de conseguir aumentar o seu peso político no distrito de Évora e não só manter, como aumentar o número de Municípios, Juntas de Freguesia e de eleitos”.
“Estes são os três desafios primordiais que vamos ter pela frente”, frisou Luís Dias, a que somam depois “os internos ao próprio partido que, de alguma forma são óbvios. A minha candidatura e desta equipa é uma candidatura de congregação e de união. Não queremos fundar a nossa atuação em guerrilhas internas que possam fazer ao partido e, nesse sentido, todos terão espaço e voz para garantir que há esse princípio democrático e o PS, como partido da democracia que é, deve fazê-lo também internamente, aumentando as suas bases e, portanto, o aumento do número de militantes é fundamental para nós”.
Questionado se esta nova função pode colidir com o cargo de Presidente do Município de Vendas Novas, o socialista salientou que “só há um Luís Dias” e que “a atuação que tem enquanto presidente do Município de Vendas Novas é no seguimento dos princípios ideais que tem enquanto pessoa. E isso torna-me um socialista convicto e não tenho qualquer possibilidade de haver divergências interiores, porque seguirei sempre aquilo que a minha linha de pensamento, os meus princípios e os meus ideais”. Para o novo presidente da Federação do PS “não há incompatibilidade nenhuma. É uma função enriquecedora, porque dá uma perspetiva diferente e, para mim pessoalmente, é uma oportunidade que vou ter de continuar a dedicar-me a Vendas Novas, mas também de defender o meu Alentejo e o meu distrito, que me são muito caros, e é um desafio que de alguma forma já esperava e ambicionava”.
Luís Dias garantiu ainda que “há uma articulação perfeita” com os dois deputados do PS, eleitos pelo círculo de Évora, Capoulas Santos e Norberto Patinho e “temos criado uma ponte de convergência. Há princípios e projetos que foram apresentados aos alentejanos e aos eborenses aquando das eleições legislativas, que são automaticamente projetos a defender pela nova estrutura federativa”.
Para o novo presidente, a comunicação com os deputados “tem de ser dinâmica e permanente. Já o fazia enquanto candidato e vou continuar a fazê-lo obviamente enquanto presidente da Federação, incluindo estas duas vozes e visões valiosíssimas nas estruturas que vão ser criadas na nossa Federação, porque entendo que o trabalho dos nossos deputados deve ser um trabalho que se reveja naquilo que é a visão também do nosso povo e quando apresentamos projetos às pessoas, temos o dever de os cumprir, de os acompanhar e garantir que eles são implementados e daí estamos profundamente alinhados”.
“Vai haver um acompanhamento direto por mim junto deles, mas não só. Há também representantes da administração regional, um trabalho de acompanhamento autárquico que deve ser feito com as câmaras municipais e juntas de freguesia e a Federação de Évora do PS tem a obrigação de apoiar os seus autarcas em toda a linha”, enalteceu o socialista.
Luís Dias deixou ainda uma mensagem aos ouvintes da Rádio Campanário, salientando que eles “sabem que no distrito de Évora, o Partido Socialista tem sido o partido do desenvolvimento, do crescimento, da sustentabilidade, da igualdade social e da justiça. E aquilo que nós queremos é desenvolver mais ainda esse trabalho, dar mais condições de vida aos alentejanos e trabalhar de forma a que esta região se afirme ainda mais no panorama nacional e internacional”.