Tal como a Rádio Campanário já noticiou, a 40ª edição da Volta ao Alentejo em Bicicleta arranca no próximo dia 22 e durante cinco dias vai colocar o Alentejo em destaque.
São cinco etapas, disputadas por 19 equipas e 180 ciclistas. Prova mítica na região, apelidada por muitos como “Alentejana”, A Volta ao Alentejo em Bicicleta tem este ano uns troféus que são um verdadeiro símbolo da região: os chocalhos de Alcáçovas.
Presente na Cerimónia de apresentação desta prova desportiva esteve Bárbara Matadinho, Presidente da Junta de Freguesia de Alcáçovas, em regime de substituição, que em declarações à Rádio Campanário falou sobre a importância do Chocalho estar associado a uma prova de tão grande importância.
Bárbara Matadinho começou por referir “é uma grande honra ter o chocalho como Troféu da Volta ao Alentejo” explicando “é mais uma forma que a Junta de Freguesia arranjou de colocar o nome de Alcáçovas no mapa do ciclismo, de promover o artesanato local e ao mesmo tempo incentivar mais iniciativas que garantam a continuidade desta arte.”
O seu fabrico é completamente artesanal e exige uma técnica complexa. O chocalho é talhado em folha de ferro, enrolado, em seguida a folha é furada e colocado o “céu’ onde vai ficar pendurado o badalo, para, por último, ser colocada a asa.
A preocupação atual reside na garantia da continuidade pois como refere a Presidente da Junta de Freguesia “esta é uma arte centenária e há muito pouca gente a querer abraçá-la” estando a ser desenvolvidas “conversações entre a Junta de Freguesia, o Município e a única empresa que existe- Os Chocalhos Pardalinho- para que possam ser desenvolvidas algumas oficinas einiciativas que atraiam as gerações mais novas para esta arte.”
Para a Autarca “o facto de nós atribuirmos os prémios durante a volta, em termos financeiros, é um grande incentivo para a própria empresa e para o desenvolvimento do comércio local.”
Os chocalhos de Alcáçovas (concelho de Viana do Alentejo), com origem nessa vila verificada por documento do séc. XVII, estão considerados, desde 1 de dezembro de 2015, para Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, título atribuído pela UNESCO.
Esta elevação “trouxe mais turistas a Alcáçovas” onde o facto de “a Vila se localizar na Nacional 2 também é factor de grande ajuda e impulso.”