Decorreu hoje, em Évora, uma das sessões de encerramento das Jornadas “Construir a Alternativa”, que tem como objetivo debater as propostas diferenciadoras do PSD para Portugal.
A Rádio Campanário esteve presente nesta sessão, que decorreu no Palácio D. Manuel, e falou com Marta Prates, presidente da autarquia de Reguengos de Monsaraz, sobre a receção a Luís Montenegro, presidente do PSD, e também sobre o tema das investigações de que a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz por parte da Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de fraude com fundos europeus, ocorridas no mandato do anterior presidente, José Calixto.
A autarca começou por referir à Rádio Campanário que “é um gosto estar a receber o presidente do partido e que é um gosto discutir a alternativa que é a única adequada ao país neste momento”.
Quando questionada sobre o facto de a PJ ter estado nas instalações da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz a efetuar buscas referentes ao caso de fraude, Marta Prates confirmou que “na quinta-feira passada tivemos a brigada anticorrupção da PJ na Câmara Municipal a fazer buscas e, de facto, refere-se à organização de um evento, o ‘Water World Forum for Life’, que ocorreu em junho de 2021 e que foi organizado pelo antigo executivo”.
“Nós aquilo que fizemos foi, por à disposição, todos os meios da Câmara Municipal para aquilo que fosse preciso para a investigação. Logo no dia tivemos o cuidado de colocar um comunicado na nossa página oficial do PSD de Reguengos de Monsaraz e, de momento, o que nos apraz dizer é que não é uma questão do foro político e sim do foro judiciário e vamos muito tranquilamente aguardar por aquilo que serão as conclusões das forças policiais. O que podemos fazer é disponibilizar os nossos serviços e que a PJ entender que faz falta para apurar a verdade”, acrescentou a autarca.
Questionada sobre o parecer pedido por José Calixto à CCDRA, a presidente da autarquia de Reguengos de Monsaraz, esta começou por referir que “de facto foi pedido um parecer à CCDR, e esse parecer foi também um dos documentos que as autoridades estiveram a analisar”. Depois destas declarações, Marta Prates preferiu não se alongar mais sobre o tema, confirmando apenas que já leu o parecer e que “aquela investigação da Procuradoria Europeia vem de uma série de suspeitas que dizem respeito à organização deste evento”.
A Radio Campanário contactou José Calixto que não se mostrou disponível para prestar declarações.