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EDP gastou 18 milhões com encerramento da central de Sines

A EDP revelou que os custos com o encerramento da central a carvão de Sines atingiram os 18 milhões de euros, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 Na nota, em que deu conta dos resultados de 2020, a elétrica indicou que “antes da cessação de operações no final de dezembro de 2020, a central a carvão de Sines aumentou a produção no 2S20 [segundo semestre de 2020] para queimar o carvão remanescente” e que, por isso, “Sines representou 3% da produção total da EDP e 2% das receitas da EDP em 2020”. Já a “restante produção de energia a carvão representou 6% da produção em 2020 (vs. 10% em 2019) e 3% das receitas do grupo EDP em 2020 (vs. 6% em 2019)”.

 Os trabalhos de descomissionamento de Sines tiveram início em 15 de janeiro de 2021, mas o processo pode demorar cinco anos.

 Em atividade desde 1985, a central a carvão da EDP, no distrito de Setúbal, contava com 107 trabalhadores diretos, aos quais foi proposto “um conjunto de diferentes opções”, desde, por exemplo, “a passagem a reforma ou pré-reforma ou o acesso a oportunidades de mobilidade dentro do grupo EDP”, adiantou fonte oficial da empresa, em janeiro.

 “A EDP iniciou contactos em setembro do ano passado, como planeado após o anúncio do fecho da central, para avaliarem em conjunto as diferentes opções. Esse processo […] tem decorrido com total colaboração e dentro dos prazos previstos”, referiu, adiantando que “em todos os casos, a principal prioridade tem sido a de garantir que os compromissos da empresa com os seus 107 trabalhadores são integralmente cumpridos e no melhor interesse de ambas as partes”.

 Em relação ao futuro das infraestruturas, a EDP adiantou que “continua em estudo a possibilidade de desenvolver projetos que possam aproveitar parte das infraestruturas existentes naquela localização”. 

“O projeto para produção de hidrogénio verde é uma dessas possibilidades, mas está ainda numa fase de estudo com vários parceiros. O projeto H2Sines, como é público, nasceu neste contexto como uma parceria que integra várias empresas – entre as quais a EDP, a REN, a Galp, a Martifer, a Vestas e a Engie – para avaliar a viabilidade da criação de uma cadeia de valor do hidrogénio verde em Portugal destinado ao consumo nacional e à exportação para o norte da Europa”, acrescentou.

In Diário do Alentejo

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