Foi apresentado este sábado, dia 19 de novembro, em conferência de imprensa, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Elvas, o Festival de Cinema de Guerra da Raia, que vai decorrer no próximo mês de janeiro de 2017, em Elvas.
Neste ato esteve presente o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, e o diretor do Festival, o arquiteto Jorge Cruz, bem como alguns elementos ligados à organização.
O autarca de Elvas começou por explicar que esta é uma “organização da AIAR, associação de desenvolvimento pela Cultura, com o apoio da Câmara Municipal de Elvas e da Direção Regional de Cultura do Alentejo”, sendo que a programação “esteve a cargo da produtora Leopardo Filmes, do produtor Paulo Branco”.
O objetivo, de acordo com Nuno Mocinha, é “despertar o interesse pelas diversas áreas relacionadas com o cinema”, sendo que do programa consta a exibição de “dez filmes, com entradas gratuitas”, acrescentando que “vão estar a concurso seis filmes de guerra, sendo também proferidas conferências, e vai haver um workshop juvenil, para que se vá introduzindo estas temáticas nos públicos mais jovens e que está aberto para jovens a partir dos 14 anos”.
Ao festival associa-se um ícone. “A imagem, que será também a imagem dos prémios que vamos entregar, será o nosso soldadinho, que aqui temos em maquete, e que vai ser o ícone deste festival, da autoria do arquiteto José Kuski e do Miguel Silva”.
Uma iniciativa que vem na “sequência do ciclo de cinema que se realizou o ano passado” e cuja localização também foi tida muito em conta, uma vez que se realiza “em Elvas, cidade fortificada, e onde toda a sua história se confunde com a própria história militar, e que tem muito a ver com a nossa localização”, concluiu Nuno Mocinha.
A Jorge Cruz, diretor do Festival, coube a explicação sobre os filmes que vão estar a concurso, “filmes que foram “selecionados de entre a produção dos últimos dois anos, e que foram considerados significativos dentro da temática: “O Filho de Saúl”, “Cartas da Guerra”, “Morte em Serajevo”, “Soy Nero”, “Uma Guerra” e “Francofonia”. Para além destes, os restantes quatro estão em duas seções, uma dedicada a uma cineasta russa Larissa Shepitko: “Asas” e “Ascenção”, e os outros dois sobre a guerra colonial portuguesa: “A Costa dos Murmúrios” e “Ivone Kane””, explicou.
Na seleção das películas tiveram a “ajuda da produtora Leopardo Filmes, e sobretudo de Paulo Branco”, acrescentando que o júri vai “ser constituído pela “cineasta Margarida Cardoso, pelo ator Diogo Dória, pelo Comendador António Cachola, pelo Coronel José Paulo Berger e pelo escritor Miguel Real. A constituição do júri tentou abarcar pessoas ligadas a diversas artes”, sublinhou.
No que respeita aos prémios, vão ser atribuídos à “realização, interpretação e argumento e vai haver um prémio especial do júri para o melhor contexto militar, outro para questões específicas militares e de guerra e um prémio do público”, conclui Jorge Cruz.
O Festival de Cinema de Guerra da Raia vai ter lugar no Auditório São Mateus, em Elvas, de 13 a 21 de janeiro de 2017.