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Elvas: Autarcas mostram-se confiantes na classificação a Património da Humanidade das Fortalezas Abaluartadas da Raia de Almeida, Elvas, Marvão e Valença (c/som e fotos)

Depois da inclusão da Candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia de Almeida, Elvas, Marvão e Valença na Lista Indicativa da Comissão Nacional da UNESCO, os presidentes dos quatro municípios apresentaram, na passada segunda-feira, 20 de junho, os objetivos desta candidatura a Património Mundial da UNESCO. A sessão teve lugar no Forte da Graça, em Elvas.

Pela primeira vez em Portugal foi apresentada uma candidatura em série, que neste caso concreto pretende alcançar uma dimensão transfronteiriça sendo que ainda poderão ser incluídas outras Fortalezas de Portugal e Espanha na lista a Património Mundial da UNESCO.

A Rádio Campanário esteve no local e falou sobre os motivos que levaram a cidade de Elvas , Património Mundial desde 2012, a participar nesta candidatura conjunta das Fortalezas Abaluartadas da Raia com o presidente do município elvense, Nuno Mocinha, que nos revelou “ é evidente que quanto mais nós conseguirmos agregar ao bem que já temos classificado, mais visibilidade temos e também temos oportunidade de criar um novo produto turístico e cultural para oferecer daí que foi com bom agrado que nós integramos esta candidatura, ficamos com muita satisfação ao vê-la na Lista Indicativa, portanto, estamos empenhados para que consigamos ter sucesso nela”.

Sublinhando que “as classificações não são um fim em si mesmo, fazem parte de um caminho e Elvas está a fazer o seu caminho que também passa pela sua maior exposição”. Ou seja “ao integrarmos outra candidatura ficamos mais expostos ao mundo e mais expostos a quem se interessa por este tipo de património daí essa ser a mais valia que nós procuramos nesta candidatura”.

Quanto aos riscos subjacentes à candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia que abrange as Fortalezas de Almeida, Elvas, Marvão e Valença referiu que “não há propriamente risco, Elvas já tem no fundo alguma experiência naquilo que são as candidaturas à UNESCO, sabe-se que se tem que gerir muito bem a ansiedade mas que quando se tem bens patrimoniais que valem por si o risco é só o tempo e nada mais “. Acrescentando que “o risco é a criar-se uma falsa expetativa  em quem nos possa ouvir, a quem possa no fundo ler e ter contacto com estas notícias de pensar que é já para amanhã, este é um longo caminho que se faz mas estamos em crer que vale a pena fazê-lo e que iremos ter sucesso nele “.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, assegurou que “estão reunidas as condições para que a nossa candidatura tenha êxito, em primeiro lugar porque a UNESCO já o entendeu como tal ao integrarmos a Lista Indicativa e depois porque temos que reconhecer que nós temos um património ímpar do que melhor conservado em Portugal, na Europa e no Mundo”. Salientando que “as Fortalezas de Almeida, Elvas, Marvão e Valença são exemplares que pela sua conservação merecem este estatuto, portanto, não tenho dúvida nenhuma que esta vai ser uma candidatura ganhadora”.

Avançado ainda que “as equipas técnicas estão a trabalhar no dossier de candidatura que prevemos que esteja pronto no prazo de um ano e a seguir esperamos que a nossa Comissão Nacional da UNESCO a apresente como uma candidatura a Património Mundial da Humanidade, sabemos que não vai acontecer antes de 2017 porque neste momento Portugal integra o Comité Técnico de Análise de Candidaturas”. Esclarecendo que “há uma regra, uma norma que só não funciona para Património Imaterial porque no Património Imaterial podem ser apresentadas candidaturas mas há uma decisão que quando um país integrar a Comité de Analise não pode apresentar candidaturas, portanto, nunca será apresentada antes de 2017, mas esperamos todos que em janeiro ou fevereiro de 2018 a nossa candidatura possa ser apresentada”.

Segundo António Baptista Ribeiro, “sabemos que a nossa é uma candidatura é forte e sendo uma candidatura forte a UNESCO também terá que considerar isso”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, “estamos já com um sitío que é qualificado, que aceitou colaborar connosco e não o fez de qualquer forma o sr. presidente do município de Elvas sabia e tinha a consciência que estava a associar-se a um conjunto de sítios, de fortalezas que têm a qualidade suficiente para participar nesta rede“. Defendendo que “ esse conceito de rede acaba por ser muito importante visto que quem visita Valença, tem conhecimento de Marvão, de Almeida e de Elvas (…) desta forma conseguimos ter uma visibilidade muito maior e uma cooperação que pode ser bastante benéfica para todos nós em termos de valorização dos nossos sitíos”.

A esta Estação Emissora o autarca da Câmara Municipal de Valença, Jorge Salgueiro Mendes, adiantou que “o facto de estarmos juntos a trabalhar numa candidatura que tem como objetivo dar visibilidade a um património que já é nosso, que está muito bem preservado, está requalificado (…) só isso já é motivo de orgulho mas também para fomentarmos este trabalho em equipa”. Asseverando que “ hoje em dia o mundo é de trabalho em equipa , de partilha e cooperação e é o que nós estamos a fazer aqui , indiretamente estamos a partilhar, a cooperar a quatro para que as nossas quatro fortalezas obtenham o estatuto que ainda não obtiveram , Elvas já tem mas pode ter dois estatutos em vez de um, portanto, é uma vantagem para todos”.

Instado a pronunciar-se sobre esta candidatura como uma alavanca do turismo, afirmou que “ os patrimónios hoje em dia são motivo de visitação e quando estão requalificados, bem apetrejados do ponto de vista dos equipamentos mas também de toda a sinalética que é necessária, é uma boa experiência para quem nos visita”. Assim sendo “ estamos todos a trabalhar nesse sentido”.

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