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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Elvas: Escola Secundária D. Sancho II inaugurou painel de azulejos com cerca de 37 metros (c/som e fotos)

O painel de azulejos que homenageia o nome da cidade foi inaugurado, esta quarta-feira, dia 4 de maio, na Escola Secundário D. Sancho II, em Elvas.

No âmbito do projeto nacional “Ação Escolas SOS Azulejos” promovido pelo Museu da Polícia Judiciária (PJ), que tem como objetivo a prevenção da grave delapidação do património azulejar português e a valorização desta arte, os alunos do 1º ciclo e do ensino secundário do Agrupamento de Escolas nº3 de Elvas, conceberam uma exposição composta por vários paineis de azulejos inspirados nos padrões, na modernidade e em várias narrativas.

A Rádio Campanário acompanhou o ato inaugural do painel de azulejos com mais de 35 metros de comprimento e falou com o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, sobre esta atividade, que nos referiu que “este agrupamento e em especial a Escola D. Sancho II teve uma excelente iniciativa que foi no fundo responder a um repto do próprio Museu da Polícia Judiciária onde se alerta para o que tem acontecido ao nosso património em que muitos montes e igrejas são vandalizados e furtados”. Acrescentando que “pretende-se despertar também a consciência nesta grande comunidade escolar porque os azulejos fazem parte do nosso património, que é a nossa riqueza e que devemos preservar para as gerações futuras”.

Questionado sobre se o futuro da arte de azulejar está assegurado no concelho, o autarca, garante que “este painel está a ser construído desde 2012, o que quer dizer que já tem muitas idades misturadas, muito gosto pelo azulejo e obviamente que é o despertar para esta arte que também é importante e muito significativa em toda a nossa região”.

O professor de Artes Visuais, Carlos Aurélio, natural de Vila Viçosa conta-nos que para conceber este painel de azulejos gigantesco inspirou-se no nome da cidade, referindo que “a palavra Elvas tem uma capacidade de potenciação de palavras chamadas anagramáticas, ou seja, que se escrevem com as mesmas letras mas dão origem a outras palavras”. Destacando que “Elvas origina uma série de palavras como selva, velas, laves que no seu conjunto criam uma linguagem quase poética, no sentido em que a partir de uma palavra chega-se a outros patamares do conhecimento e da sensibilidade“.

Instado a revelar o número de alunos que estiveram envolvidos no projeto “SOS Azulejos”, o professor calipolense adiantou que “participaram cerca de 6 turmas que desenvolveram os trabalhos em exposição, homenageando desta forma a escola e o próprio nome da cidade”.

No que concerne à recetividade dos discentes a esta arte frisou que “os alunos gostam muito de trabalhar com este material por isso o meu maior problema é fazer com que deixem de trabalhar no projeto”.

Relativamente aos temas abordados nos diversos paineis em exposição, Carlos Aurélio, garantiu que “fizemos uma reprodução da Igreja das Dominicas bem como trabalhos ao nível do padrão, da modernidade e da narrativa sendo que todas estas peças demonstram que a tradição azulejar portuguesa não está perdida“.

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