O InnovPlantProtect (InPP), de Elvas, escolheu o Dia Nacional da Sustentabilidade, que se comemora esta quarta-feira, 25 de setembro, para anunciar o projeto “ValorCannBio- Valorização de subprodutos da canábis medicinal como biopesticida para o olival”, liderado pelo InnovPlantProtect (InPP) em parceria com o Laboratório Associado para a
Química Verde (LAQV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa | NOVA FCT e as empresas GreenBePharma (GBP) – produção de canábis medicinal e AGR Global cultivo e produção de olival (Grupo De Prado), um dos vencedores da 6.ª edição do Programa Promove da Fundação ”la Caixa”.
Em nota enviada à nossa redação, o InPP explica que o projeto permitirá explorar os subprodutos da produção de canábis medicinal como biopesticidas sustentáveis e eficazes para controlar as principais doenças do olival. Procura ao mesmo tempo contribuir para a Sustentabilidade através do desenvolvimento de biopesticidas sustentáveis para controlar duas das mais importantes doenças do olival, uma cultura de extrema importância económica e social no Alentejo: a Gafa e a Tuberculose. .
Ana Rita Duarte, investigadora do LAQV da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa |
NOVA FCT, destaca que “as soluções existentes no mercado para combater a Gafa e a Tuberculose não são eficazes e
recaem em grupos dos pesticidas de síntese química, com impactos negativos no meio ambiente, e que estão a ser descontinuados, pelo que é premente encontrar alternativas. Por outro lado, as empresas de canábis podem vir a escoar os excedentes da biomassa para uma futura indústria produtora de biopesticidas, evitando os altos custos de destruição e apostando numa economia circular. Este projeto visa a integração dos conceitos de agricultura sustentável, aliados à química verde, para obtenção de produtos mais amigos do ambiente”.
Já para Cristina Azevedo, diretora do departamento de Novos Biopesticidas do laboratóriocolaborativo InnovPlantProtect (InPP), sediado em Elvas, “ao desenvolver biopesticidas de base biológica de subprodutos provenientes da uma indústria em franca expansão a nível nacional, e nomeadamente no Alentejo, o ValorCannBio contribuirá para as metas estabelecidas pela Comissão Europeia na Estratégia do Prado ao Prato e da Biodiversidade, da redução de 50 por
cento do uso de pesticidas de síntese química até 2050”.
A diretora de departamento do InPP assegura ainda que “todos os impactos do ValorCannBio serão inicialmente sentidos no concelho de Elvas onde o projeto se vai desenvolver. No entanto, é expectável que estes se alarguem a toda a região de produção do olival, de Trás-os-Montes ao Algarve, onde as quebras de produção devido à Gafa e à Tuberculose estão em crescendo”.
O projeto que é hoje apresentado, é atribuído a uma equipa já distinguida por vários projetos nacionais e internacionais.