O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, realizou uma conferência de imprensa pelas 21 horas de quarta-feira, 23 de julho, depois da reunião de câmara desta tarde ter terminado de forma inesperada, como a Rádio Campanário noticiou.
Uma conferência que contou com a presença da vereadora Vitória Branco, e onde os jornalistas não puderam colocar qualquer questão.
Nuno Mocinha começou por dizer que “nos últimos dias por mais de uma vez transmiti aos elvenses que continuava a contar com os vereadores que quisessem continuar a trabalhar comigo e respeitar-me como presidente da câmara”, acrescentando que” na última semana a análise que fiz dos comportamentos dos vereadores Manuel Valério e Tiago Afonso levou-me a concluir não terem sido conforme o que esperava deles e da sua condição de eleitos, esperando que os mesmos estivessem presentes na reunião de câmara desta quarta-feira e se mostrassem disponíveis para mudar a sua posição politica”.
O autarca diz que como tal não aconteceu e pela análise feita, decidiu retirar os pelouros, situação que ”não é pessoal mas política”, anunciando, “se estes vereadores se mostrarem disponíveis para trabalhar comigo, eu estou aberto a devolver os pelouros aos vereadores Manuel Valério e Tiago Afonso”.
Nuno Mocinha diz ainda que a vereadora Vitória Branco “apresentou um ato público perante o notário de Elvas no qual declarou ter sido coagida a assinar uma declaração de renúncia de mandato e perante a gravidade deste fato, em breve vou acionar os mecanismos legais a que tal documento me obriga”.
O edil finaliza a conferência de imprensa dizendo que continua a achar que tem condições de governabilidade da autarquia.
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Vitória Branco na sua curta intervenção diz que quer ser ”fiel aos elvenses e coerente comigo e ser um exemplo para as minhas filhas e que se orgulhem de mim”, agradecendo a quem a colocou no lugar que ocupa “há 20 anos”, acrescentando, “não sou mal agradecida e já tenho a minha conta de responsabilidade pelo que aconteceu”.
Vitória Branco termina dizendo, “na política não pode haver gratos ou ingratos e chegou a hora de tomar partido pela coerência pela estabilidade e pelo dever de respeitar os eleitores, estou aqui para continuar com o cargo que me foi confiado em outubro passado e que pretendo terminar daqui a três anos, não estou a inviabilizar que outros sejam presidentes de câmara, somente têm que esperar pelo tempo próprio”.
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