A V Conferência Internacional de Elvas (CIE) intitulada 400º aniversário do Aqueduto da Amoreira. Boas práticas na gestão sustentável do património hidráulico,a realizar no próximo dia 24 de Junho em Elvas, conta com a participação de um conjunto de estudiosos e investigadores, nacionais e estrangeiros, que se juntam à AIAR – Associação de Desenvolvimento pela Cultura, para debater a questão da arquitectura da água e aferir dos variados interesses que essas infra-estruturas detém por via de diferentes edificações nacionais e internacionais.
À semelhança do modelo seguido em conferências anteriores, pretende-se proporcionar um dia de apresentação de trabalhos, promoção de debates e partilha de conhecimento, partindo da efeméride que se pretende celebrar, atendendo sempre daquele que é o principal objectivo das conferências, a promoção e divulgação da Cidade. Nesse âmbito, pretende-se ainda conferir um enquadramento às CIE que permita a sua inclusão numa estratégia de desenvolvimento que se defende para a Região, acreditando que é possível criá-lo a partir de dinâmicas e conteúdos de actividades criativas e culturais.
Nesse sentido, o Aqueduto da Amoreira, um dos mais imponentes construídos em Portugal, edificação que teve início em 1529 com as obras da captação na Amoreira, até à entrada de água no interior da cidade (Fonte da Misericórdia, 1622), contando com a intervenção do mestre de obras reais Francisco de Arruda e, numa segunda fase com o mestre das obras Afonso Álvares. A centúria de Seiscentos vaticinara por diversas vezes a sua ruína, considerando-se a sua destruição em detrimento das obras da fortificação da cidade, ainda assim, o abastecimento da cidade pelo Aqueduto da Amoreira viria a apresentar um normal funcionamento até ao último quarto do século XX.
Aquele que é o monumento ex-libris da cidade de Elvas, encontrar-se-á aberto ao debate de ideias, permitindo colocá-lo em análise comparativa com outros exemplares existentes em território nacional e no estrangeiro, construídos em períodos diversos, apresentando todos eles uma mesma função: o abastecimento de água às populações. Face ao mencionado anteriormente pretende-se promover o debate em diversas perspectivas, assente num conjunto de linhas orientadoras, a saber:
– O valor utilitário e artístico dos diversos exemplares arquitectura da água
– Os aquedutos e as redes de abastecimento de água às populações
– A importância da água no decorrer do tempo: a utilidade primária e lúdica
– Conservação e restauro. A importância da preservação do património hidráulico
Como reforço desta comemoração, no dia 23 de Junho pelas 19 horas, inaugurar-se-á a exposição “Um Aqueduto entre Aquedutos”, na Cisterna da Praça.