Decorreram na cidade de Elvas, as comemorações do Dia do Exército.
O ponto alto decorreu no domingo, dia 23 de outubro, com a realização da cerimónia militar no Rossio de São Francisco, em Elvas, e que foi presidida pelo ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes.
Presentes estiveram também o chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, e o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, para além de um conjunto alargado de outras individualidades.
À reportagem da Rádio Campanário, o ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes salientou que a escolha da cidade de Elvas para as comemorações do Dia do Exército se deveu ao facto de “Elvas e o exército português serem elementos indissociáveis da nossa história e da Defesa Nacional”, aplaudindo a escolha “por corresponder à representação de alguns valores fundamentais da Defesa Nacional”, que a seu ver, “são assumidos pela cidade de Elvas e pela sua longa e brilhante história com o exército português”.
O governante deixou neste dia, uma mensagem “de confiança” e de “orgulho no exército português”, porque “é muito importante que estas referencias sejam afirmadas publicamente para que não hajam duvidas quanto ao empenhamento, à necessidade de uma Defesa Nacional forte que é impensável sem o exercito português”, chamando também a atenção “para os tempos de dificuldade que atravessamos e que obrigam a que (…) sejamos cada vez mais exigentes, mais eficientes”.
Questionado sobre a possibilidade de Elvas poder vir a ter um quartel militar, José Alberto Azeredo Lopes expressa que “qualquer cidade com a história e dimensão de Elvas, teria capacidade para albergar um quartel militar. O exército, é uma representação e malha territorial importantíssima, como se vê pelas missões estritamente militares”, no entanto, “nem sempre, aquilo que que nós consideramos possível é aquilo que corresponde ao que seria desejável pelas populações (…) a atual representação territorial do exercito é a que corresponde à atual capacidade que nós temos, e, portanto, é assim que está e é assim que vai estar a médio prazo”.
O ministro da Defesa Nacional pronunciou-se também sobre a instauração dos dois processos militares no âmbito da morte de dois militares no 127º curso de Comandos dizendo que “quem tem competências para avaliar e para determinar medidas que tenham natureza disciplinar ou não, exerceu plenamente essa competência, e disse publicamente, com transparência, que já foram instaurados dois processos disciplinares até à data e isso significa que o ministro, que não é quem tem a competência disciplinar primária, deve registar, deve, como fez até agora, insistir, que esta é uma questão que não é deixada de lado, mas que deve ser sempre apresentada e tratada com a mesma serenidade que resultaria de se entender que não havia qualquer indicio de ilícito disciplinar. É esse aspeto que eu acho importantíssimo destacar”.
O chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte afirmou à reportagem da Rádio Campanário que a presença do exército na cidade de Elvas, resultou de uma coordenação entre a Câmara Municipal e o próprio exército, para mostrar as suas capacidades, daí que foi feito “um esforço adicional no âmbito da saúde para mobilizar todas as estruturas de saúde em colaboração com o hospital das Forças Armadas para podermos de alguma forma em colaboração com a Administração Regional de Saúde, poder fazer aqui algumas consultas, e foram 431 (…) estou extremamente satisfeito porque foi uma boa jornada e uma prova de que o exército está dinâmico, vivo e recomenda-se”.
O chefe do Estado-Maior do Exército deixou o desafio aos jovens para se alistarem no exército porque “o exército tem as portas abertas no âmbito do recrutamento”.
Nuno Mocinha, presidente da Câmara de Elvas declarou-se satisfeito e agradecido “por terem escolhido Elvas e acima de tudo muito satisfeito por achar que se fez justiça à cidade de Elvas no momento em que o exército escolheu Elvas, para comemorar o seu dia nacional”.