Em entrevista à RC, o presidente do município de Évora fala sobre todos apoios dados pela autarquia durante o confinamento e agora no período de desconfinamento.
Carlos Pinto de Sá refere que a “preocupação com as questões da área económica foram patentes desde o início”. Explica que o município decidiu manter todos os investimentos e empreitadas que estavam a decorrer, de forma a “manter o máximo de atividade económica (…) para evitar problemas desemprego”, principalmente.
Mais tarde, no início do desconfinamento, o município decidiu “que todas as taxas e recebimentos da câmara seriam prolongados, no sentido de poder apoiar o comércio e outras atividades económicas”, frisa. Foi também decidido “isentar as esplanadas”, de forma a compensar a falta de espaço e clientes que poderia existir no interior dos estabelecimentos com as novas regras impostas.
É ainda dado apoio a empresas, sobretudo micro e pequenas, fazendo chegar até estas “todos os programas e apoios” e ajudando no preenchimento de documentos que sejam necessários.
O presidente afirma que o turismo “uma das grandes fontes de dinâmica económica”, sobretudo o internacional, não irá voltar rapidamente, no entanto, “com a Entidade Regional de Turismo, [está a] procurar certificar a nossa área de turismo e os agentes, no sentido de dar garantias a quem visitar Évora, de que os estabelecimentos têm todas as normas necessárias para salvaguardar as questões da pandemia”.
Relativamente ao apoio da autarquia aos munícipes, o edil conta que “o grande apoio do município” foi para grupos de risco e carenciados, através da criação de uma equipa que contactasse com quem mais necessitava destas ajudas.
Sobre algumas comunidades que estavam a percorrer diversos concelhos e que pernoitaram algumas noites no concelho, Carlos Pinto de Sá, esclarece que o “que decidimos na altura foi que não poderiam acampar em Évora como era sua intenção, pois estávamos em Estado de Emergência e não podiam haver deambulações e concentrações. Procurámos uma alternativa para esses grupos que chegaram ao concelho e encontrámos um local onde assegurámos a água, a alimentação e outras necessidades que nos colocaram”. Refere-se aqui a locais provisórios, que foram morada apenas por alguns dias a estes grupos.
“O primeiro grupo, que era o maior, e tinha cerca de 50 pessoas, ao fim de dois dias seguiu para a zona de Beja e Algarve e o grupo mais recente, o mais pequeno, de concelhos mais próximos de Évora, ao fim de quatro dias desmobilizou indo para as suas residências. Nenhum dos grupos está em Évora já há bastante tempo”, reitera.
Sobre a retoma da vida normal em Évora, o autarca crê que o trabalho que tem sido feito é de “grande qualidade e conseguiu responder às necessidades que tínhamos e por isso não temos no Alentejo Central uma situação de pandemia, temos apenas uma situação residual de casos de COVID-19”.
Em Évora, revela que “em termos acumulados, 28 cidadãos foram infetados, estando 25 recuperados e temos apenas 3 ativos neste momento. É uma situação que nos tranquiliza para o futuro, significa que a população compreendeu as medidas que havia a tomar”.
“Agora que estamos a fazer a retoma é ainda mais importante que esses cuidados sejam redobrados, seguindo as orientações da DGS e o respeito com os outros. Estamos a fazer esse trabalho ao nível dos equipamentos públicos e a estudar a possibilidade de abrir as piscinas. Vamos ter também a abertura dos jardins de infância e temos dado formação aos trabalhadores. Estamos também a garantir que são feitos testes aos trabalhadores de jardins de infância, para incutir confiança aos pais e famílias”, conclui Carlos Pinto de Sá.