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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Em Portugal estamos confrontados com saber se o Partido Socialista tem ou não condições de governar sozinho” (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, 10 de setembro, abordou aos microfones da Rádio Campanário as eleições europeias, a distribuição de pelouros entre os comissários da Comissão Europeia e as alterações registadas no início do ano letivo.

Sendo que as eurosondagens apontam para que o PS (38,1%) seja pela primeira vez o partido mais votado em todos os distritos, encontrando-se com mais 15 pontos percentuais que o PSD, e questionado sobre o que sucederá caso o partido não alcance a maioria absoluta, Carlos Zorrinho afirma que “o que nos ensinou este ciclo em que não havia uma maioria absoluta é que houve sempre uma maioria absoluta da sociedade civil, das instituições, que tinham em maioria o suporte do Governo”.

“O essencial não é saber se o partido tem maioria absoluta ou relativa, é saber se tem condições para governar”, é ter “uma base social de apoio”, declara, defendendo “alianças com a sociedade civil que garantam uma maioria social”.

O eurodeputado considera que a questão no cerne destas legislativas, “é saber se o Partido Socialista tem ou não condições de governar sozinho”, acrescentando que mesmo que venha a alcançar a maioria absoluta deverá manter a abertura e “tem todo o interesse” em formar alianças e acordos.

Questionado sobre o facto de metade da população portuguesa considerar que a crise ainda não passou, declara que “não vivemos num paraíso, há muita coisa por fazer”, apesar de todo o trabalho e progresso dos últimos anos.

“A questão que estava era saber qual a força política melhor posicionada para continuar a enfrentar o que não ficou resolvido neste ciclo”, aponta, defendendo que “quem está melhor preparado para resolver essa crise é o partido socialista”.

Sobre a distribuição de pelouros aos comissários da Comissão Europeia, que tem lugar hoje em Bruxelas, pela presidente Úrsula von der Leyen, e sobre os benefícios decorrentes para o país da atribuição da pasta de Política Regional à comissária portuguesa Elisa Ferreira, afirma que “Portugal acabará por beneficiar, mas o primeiro benefício é termos alguém muito competente com uma pasta chave para a União Europeia e que credibiliza Portugal”. Elisa Ferreira, afirma, “junta competências financeiras e económicas a um conhecimento das políticas do território” e é uma “comissária que acredita que a convergência é o caminho para o desenvolvimento da União Europeia e que as políticas de proximidade são muitos importantes”.

Questionado sobre as novas medidas para novo ano letivo, nomeadamente diminuição do número de alunos por turma, manuais gratuitos e o facto de a disciplina de educação física passar a contar para a média do Ensino Secundário, declara sentir tanto no ensino secundário como no universitário, “uma normalidade” a partir da qual “se tem que ir evoluindo e encontrar soluções”.

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