Christian Santos criou as suas duas próprias empresas em Portugal no ramo aeronáutico há cerca de um ano e conta à RC como tem sido sentido o impacto da pandemia COVID-19.
Ambas as empresas são muito recentes e como tal ainda estão em “fase de arranque de instalação”.
No entanto, os trabalhadores de ambas já sentem o impacto desta pandemia. “Uma delas é um gabinete de engenharia e continua trabalhar desde casa e com reuniões de vídeo, implementámos essa organização para não parar a atividade, porque esta assim o permite e não tem qualquer problema”.
Porém para a segunda empresa, 2E Winbing Portugal, o panorama é bem diferente. Nesta fabricam-se motores elétricos aeronáuticos e “depende mundo de mercadorias de França. Então tivemos de parar a atividade e as pessoas estão em casa porque não tenho nada para montar”.
Esta empresa conta com seis trabalhadores, que se encontram em casa e sem previsão de quando podem voltar ao trabalho, “são pessoas que já foram formadas e que não queremos perder porque o tempo de formação é significativo, então vamos ter de encontrar uma solução e novas medidas para agilizar o pessoal”.
Christian Santos revela que essa solução terá de ser rápida “porque vai chegar o final de março e não temos suficiente faturação para pagar os salários. As novas medidas para ficar com o pessoal e esse é objetivo, têm de ser implementadas já na próxima semana”.
Para resolver esta situação, Christian Santos, tem como objetivo recorrer aos apoios que o Governo está a implementar para as pequenas e médias empresas, mas afirma que existe alguma falta de informação relativamente a esses apoios, “pelo menos com todos os contabilistas que têm várias empresas no portefólio essas empresas precisam de ter informação, saber qual o formato que vão preencher e como e quando é que têm de o fazer para poder organizar as contas para os próximos meses”, algo que não está ser possível.