A Aeroneo desistiu do projeto de se instalar no aeroporto de Beja, intenção que vinha a demonstrar desde 2015.
A empresa pretendia instalar-se para desmantelar aeronaves, sobretudo Antonov’s a operar em África. Na base da desinstência estarão atrasos na instalação.
Recorde-se que em 2017, o Conselho de Ministros aprovou a desafetação de terrenos junto ao aeroporto de Beja e reconheceu o interesse público da instalação da Aeroneo em Beja, numa operação que iria significar um investimento de 35 milhões de euros e criar então 80 postos de trabalho. A instalação de uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões estava acordada desde 2015 entre a ANA – Aeroportos de Portugal e a empresa com sede nacional mas com participação da suiça GreenParts Holding.
Também em 2017, o Município de Beja denunciou em comunicado aquilo a que chamou de “mais um atraso no processo de instalação da unidade industrial da AeroNeo no Aeroporto de Beja”, responsabilizando o Governo” e estruturas dele dependentes” pela” falta de resolução” neste processo. Estaria em causa uma assinatura “por parte da Força Aérea”, que estava a atrasar a autorização do Governo, para a instalação daquela empresa do ramo aeronautico no aeroporto de Beja.
O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, em breves notas divulgadas nas redes sociais, afirma que “a Aeroneo nunca fechou acordo com o Estado para o desmantelamento de aviões na antiga fábrica da BA11. É um assunto entre o Estado e a empresa que envolve apenas o negócio que estava inicialmente previsto e que implicava um pagamento mensal durante 15 anos para exercício da atividade”, mas que não se concretizou.