O Centro de Formação da Guarda Nacional Republicana de Portalegre, vê novamente a continuidade da sua atividade em risco.
Em declarações à Rádio Campanário, Ajudante José Lopes, Presidente da Associação Nacional dos Sargentos da Guarda afirma que “ninguém quer fechar Portalegre, mas atendendo a determinados factos é quase incontornável”.
Referindo-se a cortes economicistas feitos pera Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que tinha prometido manter o centro em funcionamento. Estas medidas têm tido impacto na própria estrutura da GNR, não havendo promoções “independentemente até da necessidade funcional” e não sendo assegurada a substituição de agentes que saem, acrescenta o presidente da ANSG.
A nível central, a Guarda Nacional Republicana não tem interesse em que a escola seja fechada, mas encaram o facto como a única solução de rentabilidade para gestão do orçamento disponibilizado. “Estamos aqui num beco sem saída”, descreve.
Os cortes ministrais vão forçar a uma rentabilização de recursos humanos, financeiros e estruturais que, em última instância, forçará ao encerramento do Centro de Formação de Portalegre. Isto porque o Centro da Figueira da Foz reúne todas as condições para acolher os alunos, sem necessidade de requalificação, como acontece com o edifício de Portalegre.
A manutenção do edifício do Centro de Formação da GNR de Portalegre, localizado no antigo Convento de São Bernardo, tem sido inserida no orçamento da GNR, sem apoio adicional ou intervenção por parte do Estado. “A ter que optar, as condições melhores neste momento, é Figueira da Foz”.
De mencionar que, desde 2014 que o número de alunos aceites tem vindo a diminuir, tendo sido recrutados apenas 300 alunos para a turma que iniciou o seu percurso em Novembro de 2016, comparativamente aos 600 recrutados para o batalhão escolar de 2011.
O Centro de Formação encontra-se localizado no Convento de São Bernardo, desde 1985. Ao longo dos anos formou cerca de 17000 soldados. O Centro de Portalegre tem estado recorrentemente sob o risco de encerramento, devido à falta de fundos para requalificar o edifício do Estado em que se encontra há mais de três décadas e mesmo à ameaça de venda do imóvel.