No dia 19 de outubro realizou-se, no Regimento de Cavalaria nº3 de Estremoz, um encontro de antigos paraquedistas, uma tarde que serviu para matar saudades e relembrar momentos marcantes das missões realizadas.
A RC acompanhou este convívio e entrevistou Sandro Oliveira, antigo paraquedista, que falou sobre o encontro e recordou em particular a missão ao Kosovo no ano 2000.
Declarou que este tipo de encontro é importante para “juntar o pessoal porque já há algum tempo que ficou desativada a parte dos paraquedistas” em Estremoz.
Sobre a missão em que participou no Kosovo explicou que “estiveram, mais ou menos 300 militares aqui da parte dos paraquedistas, no ano 2000, foi uma missão de 6 meses”, sobre os objetivos acrescentou que se tratou de “uma missão de manutenção da paz” mas que “foi uma fase complicada porque fomos os primeiros a entrar”, algumas das tarefas destes militares passavam por “controlar acessos para ver se havia passagem de armamento”.
Questionado quanto ao episódio mais marcante que viveu na missão, Sandro Oliveira relata momentos assustadores “tinham violado umas miúdas”, “marcou-me o estado em que encontrámos as miúdas”, “o espancamento e os maus tratos que deram ás meninas”, relembra que “lidámos diretamente com o pior do ser humano”, confessa ainda que este episódio deixou marcas na sua vida “esta imagem não me sai da cabeça e não consigo admitir este tipo de situações”, “se me falam em violadores ou pedófilos essa situação não me sai da cabeça, relembro aquela altura e passam memórias” conclui o antigo Furriel.
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