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Energias Renováveis: “Para 2030, o Alentejo pode vir a ser exportador de eletricidade”, diz presidente da APREN (c/som)

Portugal importa combustíveis fósseis, sendo que a produção de energias renováveis tem vindo a ser desenvolvidas em todo o território. Na região Alentejo destaca-se a produção hídrica do Alqueva, contudo, contrariamente à zona norte do país, as caraterísticas do território, “mais plano e com mais sol”, tornam a região mais favorável à implementação da produção de energia solar.

António Sá de Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, afirma à RC que “do ponto de vista da renovável, o Alentejo ainda não é autossuficiente”.

As condições do território e as caraterísticas da energia, permitem “pequenas instalações”, possibilitando que “uma casa no Alentejo, com o mesmo custo de investimento” produza mais que uma casa noutra zona do país. Sendo ainda de salientar o investimento “interessante” que pode ser feito na instalação de “painéis para aquecimento de água sanitária”.

Questionado se a região é autossuficiente em termos de produção de energia, afirma que não, que o “Alentejo gasta mais que a produção do Alqueva”. Excluindo neste cenário a produção da Central de Sines que é superior ao consumo da região.

Mantendo-se os investimentos que têm vindo a ser feitos ao nível das energias renováveis, “estou convencido que para perto de 2030 o Alentejo em determinadas alturas do ano, pode vir a ser exportador de eletricidade para outras zonas do país”, afirma. Contudo, considera necessário que haja um aumento do ritmo de instalação de potência por ano, assim como a criação de “condições para que haja mais investidores”.

“Não estou a pedir tarifas apoiadas”, declara, “estou a pedir uma estratégia de desenvolvimento e um planeamento que tem que passar por uma construção de uma rede elétrica para absorver essa eletricidade injetada, que a rede que existe não tem essa capacidade”.

Recorde-se que no passado mês de março, a produção de eletricidade renovável em Portugal, ultrapassou o consumo do país, com 4.812 GWh e 4.647 GWh respetivamente.

 

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