Houve emoção na 34ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola até ao último metro de competição quando Remi Cavagna (Klein Constantia) cortou a meta na Praça do Giraldo, em Évora. Apesar do contentamento do francês era o companheiro de equipa, Enric Mas que inscrevia o nome na história principal da prova, deste ano, ao tornar-se o 34º vencedor. O jovem espanhol terminou a derradeira etapa na quinta posição, logo atrás do mais direto adversário, o norueguês Krister Hagen (Team Coop/Oster Hus) que liderava a competição à saída de Santiago do Cacém, onde começou esta quinta etapa, com apenas um segundo de vantagem. No final, em Évora, ambos acabaram fora das bonificações, mas as contas já tinham sido feitas na estrada. Na última Meta Volante, em Arraiolos, Enric Mas foi segundo e Hagen terceiro e as bonificações amealhadas nesse ponto deixavam-os em pé de igualdade. O desempate fez-se recorrendo às melhores classificações no conjunto das cinco etapas da “Alentejana” e Enric Mas, que por exemplo ganhou a etapa de Montemor-o-Novo, foi declarado vencedor, algo que fora planeado.
Segundo o ciclista, “duas semanas antes de aqui chegar fui atropelado e estive internado. Nunca pensei estar em forma para esta prova, mas o trabalho que fiz em casa e os cuidados que tive deram resultado”.
Para os derradeiros 172,3 Km da Volta, Remi Cavagna,o jovem de 20 anos, que correu 3 anos na equipa de formação da Fundação de Alberto Contador, tinha a lição bem estudada, “tínhamos planeado fazer uma fuga para garantir as bonificações e acabei por conseguir na última Meta Volante os dois segundos que precisava para igualar o Camisola Amarela, porque ele fez terceiro. Recuperei o tempo que me faltava e acabei por chegar à vitória.”
Esta “Alentejana” milimétrica entregou a Enric Mas a Camisola Amarela Crédito Agrícola, mas também a Verde Clara CA Vida, que distinguiu o corredor mais pontuado e ainda a Camisola Branca RTP, símbolo da juventude. Os outros premiados da Volta ao Alentejo neste ano de 2016 foram os portugueses Amaro Antunes (LA AlumíniosAntarte) que vestiu a Camisola Verde Escura CA Seguros do Prémio da Montanha na primeira etapa e nunca mais a largou. Rafael Silva (Efapel) terminou a prova na quinta posição da geral e foi o melhor português. Por equipas a norte americana Axeon/Hagens Berma ganhou coletivamente.