A espécie mais ameaçada de cigarras que existe em Portugal, pode ser encontrada em 3 lugares do Alentejo, entre Estremoz e Sousel, perto de Beringel e em alguns pontos do concelho de Ferreira do Alentejo.
A espécie Euryphara contentei deve o seu nome ao técnico da Estação Agronómica Nacional, José Contente, que wm 1978 a capturou na beira de uma estrada, perto de Ferreira do Alentejo.
Desde então, esta que surge como a mais ameaçada das 13 espécies de cigarras que existem no país, foi encontrada numa vala perdida à beira da estrada, entre Estremoz (Évora) e Sousel (Portalegre); num olival perto de Beringel (Beja), na mesma zona, dois ou três pontos dispersos, e muito restritos, no concelho de Ferreira do Alentejo (Beja).
A espécie não tem nome comum definido, sendo vulgarmente denominada de cigarrinha ou cigarrinha-verde, mas este, sendo nome de outra espécie, facilmente gera equívocos.
O entomólogo José Alberto Quartau investigador do Ce3c (Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) que desde o final da década de 80 se tem dedicado ao estudo da cigarra, defende a criação de microrreservas para proteção desta espécie que resiste apenas em alguns locais exíguos da planície alentejana. E não tem dúvidas: “Esta cigarra tem distribuição ibérica, mas está à beira da extinção em Portugal”.