A avaria da única autoescada dos Bombeiros Voluntários de Beja, que tem um custo estimado de reparação de 60.000 euros, tem sido notícia após a corporação bejense ter vindo a público assumir as faltas de apoio a indisponibilidade financeira para suportar um orçamento de reparação tão grande. Em declarações à Rádio Campanário, Pedro Barahona, Comandante da corporação, afirmou que “a população se está a substituir ao Estado, ao poder central e até ao próprio poder local“, reforçando que a autoescada é um recurso distrital.
Pedro Barahona recorda que o veículo foi recebido, em Beja, em 2000 sem ter sido acompanhado de um plano de manutenção programado e respetivo suporte financeiro, lamenta o comandante. Agora que a corporação se vê “a braços” com uma conta de 60.000 por pagar o Comandante reforçou que este valor é “insustentável“, no entanto, vale a esta corporação a ajuda de um grupo de amigos dos Bombeiros Voluntários de Beja, composta por Bruno Ferreira, Florival Baioa, Manuel Conceição, Fernando e Luís Palma, que, até à semana passada, já tinham conseguido angarriar perto de 12.000 euros.
Durante o período em que este veículo esteve inoperacional, Pedro Barahona garante que “felizmente que não“, no entanto, adverte que a autoescada não serve apenas “para núcleos urbanos que têm edifícios em grande altitude“.
Boas notícias podem estar a chegar
Na reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo que decorre hoje, Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, iria propor que fossem os municípios da CIMBAL a assumir o custo desta reparação. Pedro Barahona aplaude a iniciativa e afirma que “é o assumir de uma de uma responsabilidade que não é nossa e que tem de ser do próprio Estado, neste caso o Estado por via do poder local“, reforçando que “não faz qualquer sentido” a autoescada “estar ao serviço de todos e o ónus dos encargos ser só para uma entidade“, conclui.