Segundo nota de imprensa adiantada à Rádio Campanário, os alunos e professores da Escola Básica Integrada 1,2,3 de Vila Boim vão apresentar, no dia 8 de novembro entre as 10.30h e as 13h os resultados do projeto cultural de escola que decorreu ano letivo 2021/22, juntamente com os artistas que dinamizaram a ação e outros parceiros.
“O que na comunidade é incomum” é o nome do projeto que decorreu no âmbito da adesão do Agrupamento Escolar nº3 de Elvas ao Plano Nacional das Artes promovido pelos Ministérios da Educação e da Cultura, em parceria com a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) ao abrigo de um protocolo conjunto para o desenvolvimento de iniciativas como esta.
A associação de artistas responsável pelo desenvolvimento do projeto no terreno foi a UmColetivo. Foi desta forma que a Escola Básica de Vila Boim, numa das freguesias do concelho de Elvas, teve implementado no último ano letivo (e no anterior também), nos segundos e terceiros ciclos, um projeto que previu a residência artística em várias áreas artísticas, como teatro, música e dança em diversas disciplinas do currículo destas crianças e jovens.
Na terça-feira dia 8 será apresentado um documentário por parte da UmColetivo que agrega o trabalho desenvolvido. Os alunos terão também oportunidade de partilhar as suas experiências e será feito um balanço sobre esta iniciativa, moderado por Simone Donatelli. A apresentação conta com as presenças da Diretora do Escritório da OEI em Portugal, Ana Paula Laborinho, a Subcomissária do Plano Nacional das Artes, Sara Brighenti, a Diretora do Agrupamento de Escolas n.º 3 de Elvas, Fátima Pinto, , o Professor Coordenador do Projeto Cultural de Escola, José Kuski Vieira, e os artistas Cátia Terrinca e João P. Nunes, da associação UmColetivo.
“O que na comunidade é incomum” pretendeu dar continuidade ao projeto do UmColetivo, garantido um espaço de programação e curadoria na escola, acessível a toda a comunidade escolar, bem como perseguindo a lógica do desenvolvimento de projetos artísticos de continuidade, ao longo do ano. No ano letivo de 2021/22, foram surgindo de forma espontânea algumas residências artísticas de curta duração, que colocavam os alunos perante práticas artísticas enquanto colaboradores – “desafiamo-nos, por isso, no ano passado, a acolher na comunidade também o que é incomum, quem vem de fora, e para tal escolhemos as seguintes artistas: Magda Cordas & Helena Major (Portalegre), Zetho (Angolano a residir em Lisboa) e Beniko Tanaka (Japonesa a residir em Lisboa)”, refere a UmColetivo. “Se, por um lado, convidamos a escola a pensar sobre a comunidade de Elvas, os seus heróis, as suas histórias e o seu ecossistema, também queremos criar novos espaços, espaços para que objetos e relações novas possam surgir, brotando do chão antigo, de todas as tradições, mas olhando para um outro céu, contemporâneo”.
Em 20/21, o primeiro ano em que este projeto decorreu nesta escola, foi intitulado “Se a pele é fronteira, o corpo é território – Proposta para um corpo de diálogos em português, em espanhol e em silêncio”.
Será ainda partilhado um estudo realizado por uma consultora externa ao projeto, Simone Donatelli e que permitirá tirar conclusões sobre estas ações nas escolas.