A Escola Superior de Saúde de Portalegre (ESSP) vai ser transferida para o campus do Instituto Politécnico de Portalegre, devido ao aumento de alunos esperado para o ano letivo 2018/19.
Estão previstos “mais 100 alunos do primeiro ano e mais de 120 de mestrado”, avança à RC, Albano Silva, presidente do IPP, e “não há condições físicas e espaciais na atual escola que suportem este aumento de alunos”.
Este aumento deve-se, em grande parte, ao mestrado ministrado em associação com várias instituições de ensino, que decorre rotativamente entre os parceiros, sendo que depois de Évora e Setúbal, este ano será Portalegre a receber estes alunos.
A mudança para o campus será “gradual”, sendo que “no primeiro semestre estes alunos do mestrado e do primeiro ano do curso de enfermagem vão ter as aulas teóricas no campus politécnico e as aulas práticas mantêm-se nos laboratórios” da Escola de Saúde.
A intenção do Politécnico é a mudança total da escola frequentada atualmente por cerca de 500 alunos, para o campus, mas esta depende da disponibilidade financeira da instituição.
O dirigente afirma não serem necessárias muitas alterações ao campus para esta mudança, defendendo que este “é o local por excelência para o estudo”, lazer e estar dos alunos.
As questões que surgem são uma melhor ligação da cidade ao campus, e melhores condições de alojamento para os alunos.
Num cenário em que o centro da cidade surgiria como local de residência, mantendo apenas a Escola Superior de Educação, é intenção do IPP aumentar o número de camas disponíveis, como noticiado pela RC. Uma das possibilidades é a prevista reabertura da Pousada da Juventude, pelo Instituto Politécnico da Juventude.
Contudo, é necessária uma colaboração da autarquia com o Politécnico, não só na questão do alojamento, como da “ligação da cidade com o campus politécnico”. “O IP2 é uma estrada perigosa não faz sentido que os alunos a percorram”, aponta, avançando acessos alternativos através da zona industrial ou por trás do campus, assim como um reforço nos transportes.
No que diz respeito ao financiamento necessário, o dirigente afirma que a disponibilidade financeira dependerá do destino do edifício da Escola de Saúde, uma vez concluída a transferência para o campus. Algumas das possibilidades são alienar o edifício ou transformar em alojamento.
Mais aponta o presidente do IPP que a concentração da ESSP (Escola Superior de Saúde) e da ESTG (Escola Superior de Tecnologia e Gestão) no mesmo campus, permite “poupar bastante dinheiro” ao nível de serviços comuns, como refeitórios.