Uma equipa de investigação em Espanha está a estudar as propriedades acústicas da lã de ovelha para ser ulitizada em edifícios, oficinas, auditórios e paredes.
Segundo o jornal espanhol Extra, tudo indica que é possível transformar o desperdício da indústria das lãs em material isolante para a construção civil. Mantas descartadas de lã de ovelha têm propriedades termo-acústicas para cumprir a mesma função de outros materiais, o que significaria a possibilidade de gerar produção a partir de algo que até recentemente era considerado como lixo e sem valor.
O Laboratório de Acústica e Iluminação (LAL), dependente da Comissão de Investigações Científicas (CIC) e dirigido pelo Mestre em Engenharia Pablo Ixtaina, está a estudar as propriedades acústicas deste material no âmbito de um projeto de pesquisa subsidiado pela organização cientista de Buenos Aires. através da chamada Ideas-Project.
Este estudo faz parte de um projeto mais amplo denominado AbrigA, idealizado por um grupo de profissionais que viu a oportunidade, a partir desses resíduos da indústria agrícola, de desenvolver uma iniciativa com triplo impacto: ambiental, social e económico.
O empreendimento, liderado pela arquiteta Alejandra Nuñez Berté, procura produzir mantas isolantes a partir dessa lã descartada, que poderão ser aplicadas em diversos sistemas construtivos e montagens para residências unifamiliares e coletivas, além de prédios públicos, escritórios, auditórios e todos os tipos de construções que necessitem de condicionamento e isolamento termo-acústico. Este material pode até ter a mesma utilização que a lã de vidro ou a lã de rocha.
“A lã de vidro é gerada através do derretimento do vidro, fazendo fios, aglomerando-os e queimando-os no forno. Lã de rocha é a mesma coisa, mas com pedras. Neste caso, nada precisa de ser derretido. O velo de lã deve ser compactado pela técnica do agulhamento, recolhendo algo que, até agora, são resíduos da produção pecuária”, explicou a Engenheira de Telecomunicações Nilda Vechiatti, uma das profissionais da LAL que está envolvida na investigação juntamente com o Engenheiro Federico Iasi. e o Designer de Comunicação Visual Daniel Tomeo.
Fonte: Extra